As verbas para defesa sanitária solicitadas ontem pelos estados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) somam cerca de R$ 70 milhões. "Se o ministério conseguir desbloquear o valor para defesa sanitária aprovado em lei pelo Congresso já será um grande avanço", disse o secretário da pasta mineira, Gilman Viana.
As verbas para defesa sanitária solicitadas ontem pelos estados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) somam cerca de R$ 70 milhões.
O secretário de Santa Catarina, Antônio Ceron, apresentou um projeto orçado em R$ 1 milhão. Já Rondônia, que tem 14 postos de fiscalização na fronteira com a Bolívia, recebeu em março R$ 1,7 milhão federais para intensificação do controle da febre aftosa, menos da metade do custo previsto de R$ 4 milhões, informou a Agência de Defesa Sanitária e Agrosilvopastoril do estado.
“Se o ministério conseguir desbloquear o valor para defesa sanitária aprovado em lei pelo Congresso já será um grande avanço”, disse o secretário da pasta mineira, Gilman Viana. Os recursos aprovados para este ano foram de R$ 265 milhões. Porém, houve um contingenciamento de 52% deste valor, sobrando apenas R$ 127,4 milhões para o trabalho de defesa sanitária no país.
Pela proposta entregue pelo secretário da Agricultura do RS, João Carlos Machado, ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, o Projeto Integrado de Fronteiras em Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul necessita de R$ 315 mil por semestre para fazer a vigilância sanitária, durante 24 horas, na fronteira com a Argentina e R$ 450 mil por semestre para a fronteira com o Uruguai. A estrutura para desinfecção de veículos em nove municípios fronteiriços necessita de um investimento de R$ 320 mil. Portando, o total de recursos solicitados ao Mapa é de R$ 1,085 milhão, informou a assessoria de imprensa do governo gaúcho.
Segundo Machado, há seis metas a serem atendidas para a fiscalização na fronteira do estado: vacinação simultânea e conjunta contra a febre aftosa na área de 50 quilômetros entre Brasil, Argentina e Uruguai; treinamento dos técnicos envolvidos; sensibilização das comunidades e criação de comitês locais de sanidade animal; padronização dos modelos de cadastro de produtores utilizados pelos países; inclusão da educação sanitária nos currículos das escolas municipais das regiões de fronteira internacional; e ação conjunta de inquéritos soro-epidemiológicos.