A Coréia do Sul, segundo maior importador de carne bovina dos Estados Unidos, manteve o veto sobre as importações da carne até estar convencida de que as remessas provêm de rebanhos livres do mal da “vaca louca”.
A decisão foi tomada em reunião com funcionários graduados norte-americanos em Seul, após decisão similar feita pelo Japão. Os coreanos compram mais de US$ 600 milhões de carne bovina americana, atrás só do Japão, que importa cerca de US$ 1,8 bilhão por ano.
“Não é o momento de falar sobre retomar importações”, disse o diretor geral da agência agrícola internacional do Ministério da Agricultura da Coréia do Sul, Lee Myung Soo.
O primeiro caso nos EUA representa um golpe para o setor pecuário do país, que prevê recorde de exportação de carne bovina de US$ 3,6 bilhões. A delegação americana, encabeçada por David Hegwood, assessor especial da secretária de Agricultura, Ann Veneman, convidou a Coréia do Sul a enviar inspetores aos EUA em data posterior.
A divulgação de uma única rês infectada suscitou a preocupação sobre a possibilidade de haver mais gado no rebanho norte-americano portando a doença fatal.
Embora o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sustente que seu programa de testes garanta a segurança alimentar do suprimento de carne do país, críticos informaram que a agência testa número muito pequeno de cabeças para determinar de forma conclusiva se o suprimento de carne está a salvo.
Críticos, incluindo um ex-criador e um ex-veterinário do USDA, informaram que sem implementar os chamados testes rápidos o departamento não pode afirmar com certeza que a carne bovina norte-americana está livre de casos adicionais da doença. Os testes rápidos, que produzem resultados em uma questão de horas e ajudaram a detectar a “vaca louca” nos rebanhos de diversos países europeus, capacitaria a agência a testar milhões de animais e convencer a população norte-americana de que sua carne bovina é segura.
As autoridades sauditas confiscaram a 29 de dezembro um carregamento de carne bovina norte-americana na cidade portuária de Jeddah, na costa do Mar Vermelho, para submetê-lo a exames para detecção de possível contaminação pela doença.
Segundo o jornal saudita Okaz, o diretor do laboratório nacional de alimentos, Jamil Nazer, disse que o carregamento interceptado não será liberado antes que sejam realizados as inspeções e os exames.
Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint