A multinacional veterinária francesa Virbac acertou a compra de seis linhas de produtos, sendo dois para suínos e quatro para bovinos, da americana Intervet/Schering-Plough.
A multinacional veterinária francesa Virbac acertou a compra de seis linhas de produtos, sendo dois para suínos e quatro para bovinos, da americana Intervet/Schering-Plough. Em março deste ano, a Merial (controlada pela francesa Sanofi-Aventis) fundiu suas operações com a Intervet (controlada pela americana Merck), criando a maior indústria veterinária do mundo, com faturamento estimado em cerca de US$ 16,5 bilhões.
A negociação envolvendo duas vacinas para suínos, um anti-inflamatório, um antiparasitário, um hormônio e um antimicrobiano bovino é resultado das recomendações antitruste da fusão entre a Intervet e a Shering-Plough, em 2008.
De qualquer forma, o negócio representa mais um passo da consolidação da indústria veterinária mundial e brasileira. Além de Intervet e Merial, em janeiro a americana Pfizer assumiu o controle da concorrente farmacêutica Wyeth e levou para o seu portfólio os negócios veterinários da Fort Dodge. Além disso, no mês passado, a Phibro, com sede nos EUA, adquiriu a Abic Laboratórios, divisão veterinária da israelense Teva Pharmaceutical.
“Decidimos adquirir produtos para bovinos e suínos porque, no Brasil, esses dois segmentos representam aproximadamente 70% do mercado da indústria veterinária nacional. Além disso, o Brasil é o país que apresenta o maior potencial de crescimento no fornecimento de carnes, o que vai demandar também produtos veterinários”, afirma Clóvis Bernardes de Souza Jr., diretor-geral da Virbac no Brasil.
No mundo, a Virbac teve receita de € 467 milhões em 2009. Desse total, as operações na América Latina representaram 6,5%. Na média do mercado veterinário mundial, o bloco latino-americano representa 12% das vendas.
“Estamos prospectando novas oportunidades de negócios, buscando produtos que sejam complementares às linhas que já temos, mas também estamos ansiosos para que as operações entre Intervet e Merial, bem como entre Pfizer e Fort Dodge, sejam concluídas. Acreditamos que a partir daí outras oportunidades para aquisição de produtos possam ser geradas”, afirma Souza Jr.
A matéria é de Alexandre Inacio, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.