Fechamento 12:13 – 14/01/02
14 de janeiro de 2002
Projeto novilho precoce quer mais recursos do FCO
16 de janeiro de 2002

Visita de FHC à Rússia começa a mostrar resultados para o setor de carnes

Hoje podem ser acertadas, numa reunião de representantes dos ministérios da Agricultura do Brasil e da Rússia, novas medidas para ampliar as exportações de carne bovina, suína e de frango para o mercado russo. Se o acordo for fechado, os exportadores brasileiros receberiam autorização para vender o produto diretamente aos varejistas russos, o que permite aumentar o volume de exportações, além do valor agregado e do lucro dos produtores brasileiros. A idéia é aproveitar o espaço aberto com a queda das exportações de carne da Europa devido à crise da doença da “vaca louca”.

Atualmente, as exportações de carne bovina brasileira para a Rússia são praticamente inexistentes. O diretor da Associação Brasileira dos Exportadores de Carne, Ênio Marques, prevê que as vendas possam chegar a cem mil toneladas em um ano, a partir da retirada dos entraves existentes.
Na reunião de hoje, podem ser autorizadas também as importações de carne suína do Rio Grande do Sul para a Rússia.

As vendas estão suspensas porque as autoridades russas consideraram que a crise da aftosa no Estado é um indicador de que podem haver problemas sanitários em todas as carnes nos demais estados. As autoridades têm alegado essa razão para impedir a venda direta ao varejos das três carnes, que depende da assinatura de um acordo sanitário entre os dois países. A expectativa é que o presidente ajude a remover os obstáculos políticos. “A vinda do presidente a Moscou ganhou em apenas 48 horas uma atenção para o setor que não conseguimos em 40 anos de tentativas”, disse o presidente do frigorífico Independência (MS), Antônio Russo.

Missão sanitária

Em relação à aftosa, o governo russo prepara uma nova missão, ainda sem data prevista, para analisar as condições sanitárias do rebanho brasileiro. A expectativa é de que essa nova inspeção retire totalmente algumas das restrições ainda impostas ao produto brasileiro.

Fonte: Valor Online (por Maria Luiza Abbott) e Correio do Povo (por Fábio Marçal), adaptado por Equipe BeefPoint

Os comentários estão encerrados.