As coisas melhoraram um pouco, ao menos para o produtor. Na última semana, os preços do boi gordo perderam aquela flacidez com a qual trabalhavam desde o começo do ano e a falta de animais terminados tem dado o tom ao mercado.
Na semana o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista registrou valorização de 1,33%, sendo cotado a R$ 99,22/@ na última quarta-feira (18). O indicador a prazo foi cotado a R$ 100,02/@. Bezerro tem desvalorização de 1,80% no mesmo período, cotado a R$713,48.
Indicador boi gordo à vista teve valorização de 0,95%e é cotado a R$99,22/@. Bezerro teve desvalorização de 2,04% e é cotado a R$ 713,48/cabeça. Dólar teve valorização de 0,17% e é cotado a R$1,78.
A morte de pastagens mudou o cenário da pecuária em Mato Grosso. Os produtores do maior rebanho bovino do Brasil, com mais de 29 milhões de cabeças, trabalharam em 2011 com 8,7% da área de pastagem totalmente comprometida com seca iniciada em 2010.
As exportações de janeiro a novembro/11 aumentaram 22% em volume, para 1,179 milhão de toneladas, e 35% em valor, para US$ 4,944 bilhões. De janeiro a dezembro o valor das exportações deverá passar a marca de US$ 5 bilhões pela primeira vez.
Nesse contexto, mesmo com as escalas de abate curtas na maioria dos frigoríficos, compradores têm proposto valores "de balcão" muitas vezes inferiores aos mínimos dos intervalos que abrangiam a maioria dos negócios efetivados na primeira quinzena de janeiro.
As consequências da seca podem afetar a produção de carne e aumentar o preço do produto no Rio Grande do Sul. Além de impor perdas às lavouras, a falta de chuva limita a oferta de boi gordo para os frigoríficos, que temem um quadro de escassez ainda maior a partir de março.
Conflito entre confinamentos e plantas frigoríficas de carne bovina dos Estados Unidos continuará e acelerará em 2012, de acordo com o especialista em comercialização de bovinos da Universidade do Estado de Oklahoma, Derrell Peel.