O Ministério da Agricultura do Japão classificou incompleta a investigação feita pelos Estados Unidos sobre o caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) que acometeu o país e disse ainda, que o Japão não reconsiderará a barreira imposta à carne bovina dos EUA até que receba novas propostas de Washington referentes a medidas mais restritas de segurança.
O Japão está pressionando os EUA para testar todos os bovinos para a doença antes do abate, uma medida implementada pela indústria de carne bovina japonesa, após o surgimento de EEB no país há dois anos. No entanto, os EUA dizem que o teste em todos os animais é desnecessário e seria caro demais, tornando a medida proibitiva.
O ministro da Agricultura, Yoshiyuki Kamei, disse no domingo que pediu à mais recente delegação que visitou o país que propusesse salvaguardas “baseadas” no sistema do Japão, que Kamei acredita ter resgatado a confiança dos consumidores sobre a carne bovina japonesa.
Kamei criticou a decisão tomada no último mês pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de ter encerrado com os esforços de rastrear todas as 80 vacas que entraram nos EUA vindas do Canadá juntamente com a vaca holandesa que apresentou resultado positivo no teste para a doença em Washington em dezembro passado. A investigação foi encerrada após o rastreamento de 28 vacas.
“Não está claro onde as outras 50 vacas foram parar e isso não é adequado. Eu não acho que eles fizeram esforços suficientes. Não há garantias de que não haverá um segundo ou um terceiro caso, e os consumidores japoneses precisam sentir confiança no consumo de carne bovina norte-americana mesmo se isso acontecer”.
Fonte: The Taipei Times, adaptado por Equipe BeefPoint