Após ter conseguido a reabertura do mercado chinês para a carne bovina e ovina do Uruguai, as autoridades locais estão fazendo negociações similares com a Coréia e com o Japão.
“Carnes cozidas serão o primeiro passo e, em um segundo estágio, carne bovina maturada sem osso”, disse o diretor geral de Serviços Pecuários do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) do Uruguai, que recentemente visitou o Oriente. “Nós estamos terminando os esboços dos documentos com o Japão baseados nas atuais condições sanitárias do Uruguai. Estou otimista que assinaremos em breve um acordo com o Japão”.
Com relação à Coréia, as autoridades deste país solicitaram “o volume de carne bovina uruguaia exportada aos mercados livres de febre aftosa”, como Canadá e Estados Unidos, onde está concentrada a maioria das vendas. O Japão e a Coréia estavam entre os principais mercados orientais da carne bovina uruguaia até a epidemia de febre aftosa que acometeu o país em 2001.
Desde 2002, o Uruguai vem gradualmente recuperando os mercados perdidos e na primeira metade de 2004 exportou 230.636 toneladas de carne bovina no valor de quase US$ 400 milhões. Os principais mercados foram EUA e Canadá, absorvendo 74% das exportações, seguidos pela União Européia (UE),com 10%; Mercosul, com 6%; Israel, com 5%; e outros destinos, com 5%. Em 2003, os países do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (North American Free Trade Agreement – NAFTA) representaram 42%; da UE, 15%; do Mercosul, 14%; de Israel, 12%; da Argélia, 8%; e os outros destinos, 9%.
Desde a reabertura do mercado dos EUA à carne bovina uruguaia, “as exportações aumentaram mais de 20% e o preço dos animais vivos, 35%, ficando agora em quase US$ 1 por quilo”, comparado com os US$ 0,80 na Argentina, segundo informado pelo presidente do Instituto Nacional de Carnes (INAC), Vazquez Platero.
Fonte: Mercopress, adaptado por Equipe MilkPoint