A União Européia (UE) poderá relaxar as regras designadas para combater a doença da “vaca louca” como a proibição de alimentar os rebanhos com proteínas animais, à medida que os casos do mal regridem.
A Comissão Européia poderá propor a permissão de algumas rações derivadas de peixes e mamíferos para as criações animais. Segundo comunicado divulgado na sexta-feira em Bruxelas, também analisa aumentar a idade dos animais que fornecem partes da coluna vertebral que permanecem nos bifes, medida que até o momento era considerada uma ameaça.
O bloco europeu, que responde por mais de 99% dos casos de EEB identificados mundialmente, viu o número de animais infectados diminuir para 865 em 2004, em comparação com mais de dois mil casos dois anos atrás. A doença cada vez mais se limita ao gado mais velho, sugerindo que as medidas preventivas dos últimos anos estão dando resultado, disse a UE.
O ato de repensar as decisões por parte do bloco europeu “é uma resposta para a situação mais otimista”, disse o comissário da Saúde e Proteção do Consumidor, Markos Kyprianou. “Qualquer adaptação às medidas contra a EEB não afetará em nada nossos objetivos fundamentais de erradicação da doença”.
O anúncio se seguiu a uma decisão da Organização Mundial de Saúde Animal, com sede em Paris, de afrouxar suas normas para o comércio de carne bovina diante do risco da variante da “vaca louca” que pode afetar as pessoas que consomem a carne infectada.
A UE também analisa terminar com o veto às exportações da carne da Grã-Bretanha. A restrição poderá ser suspensa até o fim do ano, caso os países da UE e o departamento de saúde concordem.
Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint