O esforço do governo, em parceria com a iniciativa privada, vem conseguindo abrir novos e importantes mercados para as carnes brasileiras, o que deve assegurar o crescimento satisfatório das exportações do setor pelos próximos anos. A informação é do secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luiz Carlos de Oliveira, que proferiu palestra sexta-feira (23) em Goiânia, dentro da programação do seminário “Economias Emergentes: Estratégias de Inserção Internacional e os Desafios Políticos e Comerciais”, promovido pela Universidade Católica de Goiás (UCG).
Entre esses novos mercados, o secretário de Defesa Agropecuária cita a China, tradicional importador de frango brasileiro, que há cerca de dez dias autorizou também as importações de carne bovina. Segundo ele, Estados Unidos, Canadá e México, que até agora importam apenas carne bovina para conservas, mandarão uma missão técnica ao Brasil, em outubro, como medida preliminar para a autorização das importações do produto in natura. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações brasileiras em 2001 somaram US$ 2,83 bilhões, cerca de R$ 8,77 bilhões.
Crescimento
Oliveira citou como mercados prioritários, dentro da estratégia brasileira de exportação, a Rússia, África do Sul, Argélia e os países da América Latina. Segundo ele, a recente abertura das importações russas de carne suína brasileira permitiu que em 2001/2002 o setor aumentasse em 200% suas vendas para o exterior, quando, de 1994 a 2000, haviam crescido apenas 67%. De acordo com a Secex, em 2001 o País exportou US$ 1,33 bilhão em frango (47,1% do setor de carnes), US$ 1,03 bilhão em carne bovina (36,5%), US$ 359 milhões em carne suína (12,7%) e US$ 104 milhões em peru (3,7%).
O secretário de Defesa Agropecuária destacou, entretanto, que a abertura de novos mercados envolve negociações penosas e demoradas, o que torna essencial um esforço redobrado para mantê-los. “É mais difícil conservar o mercado do que mesmo conquistá-lo”, afirma Oliveira.
Nesse sentido, o secretário ressalta que o Brasil tem feito “o dever de casa”, implementando uma política consistente de sanidade animal e vegetal, criando áreas livres de febre aftosa e de peste suína clássica e mantendo estrito controle de diversas pragas e doenças vegetais chamadas quarentenárias.
Fonte: O Popular/GO (por Edimilson de Souza Lima), adaptado por Equipe BeefPoint