Suspeita de febre aftosa no Paraná
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Secretário paranaense critica restrição de outros estados

O Governo do Paraná considera exageradas as restrições impostas por quatro estados aos produtos de origem animal procedentes de seu território. A crítica foi feita ontem pelo secretário de Agricultura e Abastecimento Orlando Pessuti, ao comentar as medidas adotadas sábado e ontem por São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro aos produtos de origem animal do estado, em conseqüência da suspeita de um surto de febre aftosa. A suspeita, que envolve 19 animais comercializados no início do mês na Eurozebu, realizada em Londrina, foi formalizada sexta-feira.

“Não é possível que produtos industrializados sejam barrados nas fronteiras”, queixou-se Pessuti, afirmando já ter solicitado aos secretários de Agricultura dos quatro estados que as restrições sejam atenuadas. “Carne industrializada e leite longa vida e em pó já foram suficientemente imunizados, não há, portanto, motivo para que não possam entrar nesses estados”, alegou o secretário.

Dezenas de caminhões com esses produtos, segundo ele, estão bloqueados na fronteira do Paraná com os estados vizinhos.

Pessuti queixou-se também do tratamento desigual dado por São Paulo ao Paraná em relação ao Mato Grosso do Sul, onde se registrou o primeiro foco da doença. “São Paulo abriu um corredor para que o Mato Grosso do Sul pudesse exportar sua carne, por que o mesmo não está sendo feito com o Paraná, onde ainda não foi confirmada a presença do vírus da aftosa e sim, apenas a suspeita do vírus?”, perguntou o secretário.

Fonte: Hoje em Dia/MG, adaptado por Equipe BeefPoint

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