Em outubro de 2022, as exportações argentinas de carne bovina caíram pelo terceiro mês consecutivo, com queda de 3% no volume em relação ao mês anterior e queda de 10,4% nas vendas.
Segundo a Câmara da Indústria e Comércio de Carnes (Ciccra), o volume exportado caiu 11,6% em relação ao pico alcançado em julho e o preço caiu 20% em relação ao máximo alcançado em abril. A partir desse mês, quando os valores pagos pelos países europeus começaram a diminuir.
No décimo mês do ano, o preço médio recebido pela indústria exportadora foi de US$ 5.031 a tonelada, 10,4% abaixo dos valores de setembro. Já a China pagou em média US$ 4.252 dólares, 8,7% a menos que no mês anterior e 17,7% a menos em relação a maio.
Esse cenário também se estendeu à Europa, com preço médio que entre abril e outubro sofreu queda de 29%. No caso das vendas para os EUA e Chile, houve quedas de 31,4% e 15,0%, respectivamente, em relação a fevereiro.
A indústria frigorífica argentina exportou um valor de US$ 265,8 no décimo mês do ano, 13,2% a menos em relação a setembro.
No Mercado de Cañuelas, o preço do gado não aumenta há cerca de cinco meses. Segundo a entidade, os principais motivos se devem a uma retração na demanda por carne bovina chinesa a partir de agosto, a forte contração dos valores pagos nos mercados europeu e chileno desde o segundo trimestre do ano.
A essas variáveis, deve-se acrescentar a deterioração registrada pelo poder de compra das famílias argentinas impulsionadas por uma taxa de inflação que não dá trégua. Desta forma, tanto o gado destinada ao mercado interno quanto o destinado à exportação teve o crescimento de preços, no último ano, abaixo da inflação, que foi de 85,4%.
Fonte: Infocampo, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.