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Frigoríficos serão os mais beneficiados com avanço do Brasil na segurança alimentar

O Brasil é considerado um país-chave para a garantia de segurança alimentar no mundo. Nesse cenário, o avanço nas exportações de alimentos nos próximos anos deve favorecer as companhias do setor e, na visão do Santander, os maiores beneficiários desse movimento serão os frigoríficos, seguidos pelas empresas produtoras de grãos e da área de transportes, respectivamente.

De acordo com um estudo do banco obtido pela reportagem do Valor/Globo Rural, os destaques serão, nesta ordem: JBS, BRF, Marfrig, Minerva, SLC Agrícola, 3tentos, Boa Safra, Raízen e Rumo.

Maria Paula Cantusio, head de análise ESG e relatórios temáticos do research do Santander Brasil, afirma que o levantamento tomou como base uma série de dados de órgãos nacionais e internacionais – não inclui os impactos mais recentes da guerra tarifária dos Estados Unidos.

Dentre as informações apuradas pelo banco, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) indica que entre 2011 e 2050, a necessidade de produtos agrícolas no mundo vai aumentar em torno de 50%.

Além disso, com base em dados do Banco Mundial, a perspectiva é que o Produto Interno Bruto (PIB) per capita global pode aumentar cerca de 3,9% ao ano de 2025 a 2029. Nas economias de países emergentes e em desenvolvimento, esta taxa de crescimento pode chegar a 5%.

“À medida que a renda da população de países de média e baixa renda aumenta, alguns dos alimentos básicos que eles mais consomem são substituídos por outros alimentos, como carne, laticínios e ovos”, diz Cantusio.

“E como temos esse crescimento, você precisa também alimentar esses animais (que dão origem às carnes, ovos e leite) com grãos. No Brasil a gente produz tudo isso. Por isso as empresas mais beneficiadas são os frigoríficos, que têm produtos de maior valor agregado, depois grãos e transporte”, acrescenta.

A especialista do Santander ainda ressaltou que junto ao crescimento de renda no mundo, a expansão populacional é outro fator que puxa o consumo de alimentos.

“Há um aumento de consumo na África, Indonésia, Índia e outros países da Ásia que vêm ganhando espaço”, destaca.
A China, maior compradora de produtos agropecuários, do Brasil, deve continuar a demandar em grande escala, embora o ritmo de crescimento econômico esteja desacelerando.

Outro fator relevante na garantia de segurança alimentar são os conflitos geopolíticos. “O que aconteceu na guerra da Ucrânia, por exemplo, fez a Europa importar mais produtos agrícolas”, pontua Cantusio.

Produção

Do ponto de vista de oferta, o Ministério da Agricultura do Brasil estima que a produção de grãos do país aumentará, até 2033, em 27% impulsionada pela soja e milho, enquanto a produção de carnes poderá aumentar 21,9%, impulsionada pelas carnes de aves e suína.

“O aumento da produção nacional poderá ajudar a atender à crescente demanda global por esses produtos”, cita o estudo.

Mercado interno

à expansão de vendas externas, o Santander avalia que haverá também um movimento no mercado doméstico, com avanço no consumo de produtos de maior valor agregado. Então, as empresas que vendem produtos alimentícios dentro do Brasil serão beneficiadas nos próximos anos, mesmo que em menor proporção.

Os destaques, nesta ordem, serão Randon, Assaí, Carrefour, Grupo Mateus, GPA e Arcos Dorados, estima o banco.

Fonte: Globo Rural.

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