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Chile descarta reabertura à carne brasileira

O Serviço Agrícola e de Criação de Gado (SAG) do Chile descartou nesta quarta-feira o reinício imediato das importações de carne bovina brasileira. O Brasil “apresenta o mesmo nível de risco que em outubro”, afirmou o diretor do SAG, Francisco Bahamonde, diante das informações de que as importações seriam reiniciadas em breve a partir de estados livres do contágio.

Bahamondes disse, em entrevista à rádio Cooperativa, que a suspensão da importação da carne brasileira é fruto da falta de garantias de que não acontece transporte de animais de áreas infectadas para localidades livres da doença.

As autoridades brasileiras haviam pedido ao Chile que autorizasse as importações provenientes de SC e do RS. “Lá existem menos complicadores, porém é necessário realizar uma análise de risco”, declarou Bahamonde. Segundo ele, “uma delegação de inspetores viajará para os estados brasileiros para verificar os dados apenas se o relatório for aceito sem objeções”. A notícia é do Estado de S. Paulo, com informações da EFE.

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  1. José de Barros Vieira disse:

    A matéria onde consta as declarações do representante do Ministério da Agricultura Chileno, Sr. Francisco Bahamonde, sobre os estudos para viabilizar a retomada das importações de carne pelo seu país, mostra a desconfiança que têm da nossa capacidade de fiscalizar o trânsito de animais, somado às declarações do seu colega russo, sobre a lenga-lenga que se arrastou sobre o caso de aftosa no Paraná, culminando com o reconhecimento por parte dos brasileiros da sua existência, levando até a suspensão de importação de carnes de aves por parte dos compradores russos. Nossa moral foi abaixo de zero com essa situação. Até as carnes de aves foram vítimas, somado aos efeitos comerciais da gripe do frango às negociações, pois o medo da população mundial de comer este tipo de carne é palpável, apesar de ser infundado tecnicamente.

    Nos resta ter a esperança de que o Ministério brasileiro tome atitudes concretas no sentido de retomar a confiança dos mercados mundiais, agindo prontamente no sentido de aumentar o efetivo da fiscalização das fronteiras, do trânsito interestadual, da efetiva vacinação do rebanho, coibindo definitivamente a prática de que veterinários particulares tenham autorização para emissão de certificados sanitários, que a política da sanidade animal tenha um representante forte dentro do ministério e com meios de agir em nome dos vários segmentos da cadeia produtiva e da fiscalização sanitária, principalmente.