Brasil e Rússia negociam exportações
15 de junho de 2006
Alterações de ingestão em confinamento: o papel da umidade
20 de junho de 2006

Plano de safra e exportações sustentam preços do milho

O mercado físico de milho vem-se sustentando devido à ampliação do prazo para renegociação das dívidas e ações emergenciais do Plano de Safra 2006/07 anunciado pelo governo no final de maio. Além do plano, a realização dos Prêmios de Escoamento de Produto (PEPs) de milho e as vendas externas – que contribuíram para eliminar o excesso de oferta do mercado interno – mantiveram os preços na paridade de exportação.

A estimativa da redução mundial para safra 2006/07, divulgada pelo Departamento de Agricultura Americano (USDA), e o crescimento dos preços internacionais são fatores que influenciam na sustentação do preço interno, levando em consideração a desvalorização do real frente à moeda americana – em 24 de maio estava cotado a R$2,40/dólar.

Gráfico 1. Evolução dos contratos futuros de milho na BM&F – 1º/5 a 8/6/2006.


A nova estimativa do Departamento de Economia Rural (Deral) para a produção paranaense de milho na safrinha foi de 3,35 milhões de toneladas, 4,6% abaixo da prevista em abril. Segundo alguns consultores, a estimativa de produção para a segunda safra deve reduzir-se em 7,4% no Paraná; 6,3% no Mato Grosso; 12,5% no Mato Grosso do Sul; 7,7% em Goiás; e em 11,6% na Bahia.

O 7o Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou que a produção total para a segunda safra deve ser de aproximadamente 9,8 milhões de toneladas, ante os 7,7 milhões da safra anterior, representando elevação de 26,9%. Tal fato é explicado por um incremento de 4,5% na área cultivada que, por sua vez, cresceu em função da substituição de parte das lavouras de soja.

Nos últimos dias, as grandes movimentações nos leilões de PEP e Prêmio de Risco de Opção Privada (PROP), juntamente com o fator câmbio, vêm deixando o mercado um pouco mais líquido.

O Brasil exportou, até maio, volume aproximado de 300 mil toneladas de milho, tendo como principais destinos Irã e Coréia do Sul. Esses países vêm comercializando o grão com o Brasil desde 2001. É interessante enfatizar que o volume da exportação atual é superior ao volume que foi exportado em 2002, 2004 e 2005. As oscilações do real frente ao dólar é o principal fator da rentabilidade das exportações.

Em 8 de junho, os contratos futuros negociados na BM&F fecharam em R$16,95/saca para julho/06; R$17,15/saca para setembro/06; R$17,59/ saca para novembro/06; R$17,90/saca para janeiro/07; e R$18,00/saca para março/07.

Gráfico 2. Curva fatura do milho.


O Gráfico 2 ilustra os preços do contrato futuro de milho em 8 de junho sob a forma de carrego, evidenciando algumas oportunidades para operações de cash and carry.

No mercado futuro de milho da BM&F, o número de contratos transacionados atingiu o volume de 6.706 contratos no mês de maio de 2006, significando aumento de 35% em relação ao mesmo período do ano passado. O volume de contratos acumulados de 2006 é de 62.827 contratos futuros, representando pouco mais de 64% do volume do ano de 2005.

As informações são da BM&F.

Os comentários estão encerrados.