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Exportações: receita cresce mais de 100% em outubro

A receita cambial com exportação de carne in natura em outubro de 2006 somou US$ 320 milhões, o que representa, pela primeira vez na história do setor, um aumento de mais de 100% em relação ao mesmo período do ano passado.

A receita cambial com exportação de carne in natura em outubro de 2006 somou US$ 320 milhões, o que representa, pela primeira vez na história do setor, um aumento de mais de 100% em relação ao mesmo período do ano passado. A soma da receita cambial com as exportações de carne in natura, industrializada e miúdos foi de US$ 392 milhões, o que significa um crescimento de 81% em comparação com igual período em 2005. Em outubro foram embarcadas 221 mil toneladas contra 152 mil toneladas em outubro de 2005. Os números foram divulgados ontem pela Abiec.

De acordo com o presidente da Abiec, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, o expressivo crescimento da receita cambial das exportações de carne bovina é reflexo de um conjunto de fatores. O ataque dos irlandeses, por exemplo, deixa o mercado nervoso e tem causado apreensão nos importadores europeus, o que provoca compras antecipadas para se protegerem de qualquer decisão negativa da Comissão Européia. “O Brasil é o único país que recebeu a visita de quatro missões veterinárias da União Européia em um ano e não sofreu qualquer embargo adicional”, destaca Pratini.

O presidente da Abiec ressaltou também a excelente estrutura industrial montada pelos frigoríficos em todo Brasil. “Os frigoríficos se equiparam e se instalaram em todas as regiões do Brasil, uma estratégia que tem vencido as barreiras impostas por alguns países.” As limitações de volume da Austrália, que tem abastecido o Sudeste Asiático, também contribuíram para o enxugamento do produto no mercado internacional.

No período de janeiro a outubro a exportação de carne brasileira rendeu US$ 3,1 bilhões em receita cambial, valor 22,8% maior do que o valor apurado no mesmo período do ano anterior. O volume embarcado nos dez meses de 2006 foi de 1,968 milhão de toneladas (equivalente carcaça) o que representa um crescimento de 6,9% em comparação com igual período de 2005.

No acumulado do ano, a Rússia aparece como o principal país de destino de carne in natura, com um rendimento de US$ 519 milhões em receita cambial. O segundo país na lista de in natura é o Egito, com receita de US$ 322 milhões, seguido por Holanda, Itália, Reino Unido, Argélia e Alemanha. Também nos primeiros dez meses do ano, os Estados Unidos foram os que mais compraram carne industrializada (US$ 229 milhões de receita para 132 mil toneladas embarcadas) seguidos pelo Reino Unido, Holanda e Itália.

As informações são da assessoria de imprensa da Abiec.

0 Comments

  1. Roney Jose da Veiga disse:

    Prestemos atenção aos números…volume físico de exportações aumentou 6,9%, enquanto que o volume financeiro aumentou 22,8%, ou seja, venderam mais e melhor; para a indústria bom, para o governo ótimo, e para os pecuaristas…esses continuam reféns dos cartéis frigoríficos montados com o aval do governo para derrubar preços no mercado interno e ajudar na política social do Lulla, onde se dá a que não trabalha, o fruto do trabalho alheio!

    Me lembra o velho ditado ” fazer caridade com o chapéu dos outros”!!

  2. Renato Campbell Rocha disse:

    As margens de lucratividade dos frigoríficos continuam crescendo diretamente proporcional ao aumento das vendas (ton) independentemente da taxa desfavorável do dólar para as exportações.

    O desequilíbrio na cadeia produtiva da carne, fortemente evidenciada entre pecuaristas e frigoríficos, demonstram o quanto o setor precisa se organizar, planejar e exigir novas negociações. Enquanto o pecuarista continuar dependendo somente da lei da oferta e procura, fatalmente estará vulnerável à baixas rentabilidades.

    Da mesma forma que existe a Abiec, os pecuarista deveriam criar a Abapc (Associação Brasiliera do Produtores de Carne), com um presidente que possa não somente representar a entidade más também negociar novos acordos e contratos.