O trabalho do Cepea lista como os principais motivos para a alta dos preços: o mercado interno parado, mas com maior consumo das faixas de maior renda; o setor externo dinâmico; e a força dos emergentes e da agroenergia.
Trabalho realizado por Geraldo Barros, coordenador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), e Fabiana Fontana, pesquisadora da entidade, reforçou a tendência de elevação das cotações dos produtos agropecuários em 2007, com câmbio relativamente estável e bolsas internacionais sinalizando altas. Com esse quadro, de acordo com o estudo, a elevação deve se manter mesmo com o crescimento da produção no Brasil.
Os pesquisadores do Cepea afirmaram que desde o início de 2005, com ênfase em meados de 2006, é possível verificar o crescimento do nível dos preços, comum a todos os produtos analisados nesta ocasião, além da valorização do real. Isso significa que a atratividade das exportações tem sido incrementada pelo aumento dos preços externos.
Em resumo, o trabalho do Cepea lista como os principais motivos para a alta dos preços: o mercado interno parado, mas com maior consumo das faixas de maior renda; o setor externo dinâmico; e a força dos emergentes e da agroenergia. Segundo a análise da entidade, o câmbio não ajuda mas, pelo menos, já não atrapalha. Além disso, o Cepea destaca que alguns produtos já mostram tendência para 2008, sendo que, neste período, os preços tenderiam a estabilizar ou cair.
O trabalho também aborda o fato de que os mercados futuros das principais commodities agrícolas indicam, para 2007, tendência de alta nos preços. Os grãos são exemplos desse crescimento e verificam-se também aumentos nos preços externos do complexo soja e que o Índice de Atratividade tende a evoluir de forma muito próxima ao comportamento dos preços domésticos.
As informações são do jornal DCI.