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Argentina: deputados mantém aumento de imposto

Com imposto menor para os produtores de até 300 toneladas anuais, os deputados argentinos aprovaram, no sábado (5), o projeto de lei da presidente Cristina Kirchner que prevê aumento de impostos às exportações de grãos do país que motivou protestos no setor rural da Argentina.

Com imposto menor para os produtores de até 300 toneladas anuais, os deputados argentinos aprovaram, no sábado (5), o projeto de lei da presidente Cristina Kirchner que prevê aumento de impostos às exportações de grãos do país que motivou protestos no setor rural da Argentina.

“As medidas vão favorecer a grande maioria dos produtores”, garantiu o deputado Augustin Rossi, líder do partido governista Frente para a Vitória.

Mas as poucas modificações não satisfizeram o setor rural. “Essa história ainda não terminou. O segundo tempo será jogado no Senado. As modificações feitas na última hora não resolveram nossa insatisfação”, disse o presidente da Federação Agrária Argentina, Eduardo Buzzi.

Os fazendeiros não descartam apelar à Suprema Corte de Justiça, caso o Senado ratifique a iniciativa do governo. “Esta lei não mudará a realidade da Argentina hoje. Produzimos cada vez menos leite e carne, enquanto o Brasil, multiplica sua produção, suas cabeças de gado e já nos passou como maior produtor de carne do mundo”, argumentou o deputado Pedro Morini, da opositora UCR (União Cívica Radical).

O opositor e economista Jorge Sarghini, de um dos setores do Partido Justicialista, afirmou que o aumento de impostos não reduzirá a pobreza, como pretende o governo. “Este imposto subiu no ano passado e nós registramos mais de 1 milhão de novos pobres. É pobreza que nasce pela inflação e não por outra coisa”, lembrou.

Mas parlamentares da base governista, como Alberto Cantero, presidente da comissão de agricultura, entendem que o aumento de impostos “evitará” que os alimentos consumidos pelos argentinos sofram influência das altas internacionais de preços. “A nossa preocupação é principalmente com o preço dos alimentos na mesa dos argentinos. É uma decisão de política de estado e o início do desenvolvimento da Argentina”, considerou, em reportagem da BBC Brasil.

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