As exportações de carne bovina uruguaia deverão chegar a 1,4 milhão de dólares em 2008, recorde para o país. Somados os embarques de suínos, eqüinos e aves, a cifra deve atingir 1,7 milhão de dólares. "Não exportamos muito. O que vendemos não é só a carne, mas a imagem do país, como demonstração da qualidade do sistema."
As exportações de carne bovina uruguaia deverão chegar a 1,4 bilhão de dólares em 2008, recorde para o país. Somados os embarques de suínos, eqüinos e aves, a cifra deve atingir 1,7 bilhão de dólares.
Os principais mercados são União Européia (22%), Rússia (40%), Nafta (8%) e Israel (7%). De toda a produção, 75% é exportada e o restante fica no Uruguai. De acordo com o diretor de Informação e Análises Econômicas do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), Pablo Caputi, o recorde deste ano é diferente do de 2006, já que neste ano, trata-se de um recorde de valores. “Em 2006, exportávamos a US$ 2.000 por tonelada com osso e, nas últimas semanas, vínhamos exportando por mais de US$ 4.000 por tonelada”.
Ao aumento dos preços internacionais dos produtos primários, somam-se também as dificuldades de exportação da Argentina e do Brasil, países vizinhos e competidores do Uruguai na indústria de carnes. “A Argentina tem suas exportações limitadas e o Brasil tem problemas de exportação por seu sistema de rastreabilidade na União Européia (UE) e também na Rússia, então, nos deixa um espaço muito interessante para trabalhar”.
O diretor de serviços técnicos para a cadeia agroindustrial do Inac, Ricardo Robaina, explica que parte do êxito do país se deve à atenção dada à pecuária. “A exportação no Uruguai é tão importante que se entende a necessidade de uma qualidade mínima dos embarques para mantermos o prestígio junto aos mercados com os quais negociamos. A carne é o nosso petróleo”, destaca.
O desempenho também se deve à credibilidade que o país tem no mercado externo, resultado do atendimento e antecipação das exigências impostas pelos compradores. Um exemplo é a rastreabilidade, que até 2010, deverá chegar a todos os bovinos.
O Programa Nacional de Carnes Naturais é outro destaque. A iniciativa conta com 250 produtores e 450 mil animais alimentados a pasto. Em 2007, 500 toneladas foram embarcadas para os Estados Unidos, principal comprador. “Não exportamos muito. O que vendemos não é só a carne, mas a imagem do país, como demonstração da qualidade do sistema.” Para Robaina, é preciso saber de onde vêm as exigências e oferecê-las antes.
A preocupação com o bem-estar animal é a nova aposta do país que, no próximo ano, certificará as propriedades.
A informações são do jornal Correio do Povo/RS e do Eurocarne, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.