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Economia: produtor ainda não sentiu efeitos da crise

O momento sólido da economia brasileira minimizou os efeitos da crise norte-americana dos últimos dias no agronegócio. A quebra de uma grande instituição financeira e o socorro governamental a outras duas empresas, que afetaram economias no mundo, não causaram impacto no mercado dos produtos agrícolas e os preços permaneceram estáveis.

O momento sólido da economia brasileira minimizou os efeitos da crise norte-americana dos últimos dias no agronegócio. A quebra de uma grande instituição financeira e o socorro governamental a outras duas empresas, que afetaram economias no mundo, não causaram impacto no mercado dos produtos agrícolas e os preços permaneceram estáveis.

A soja e milho não tiveram alteração no mercado interno após a turbulência no mercado americano. A soja esta semana ficou no patamar dos R$ 46,00 a saca. O milho oscilou entre R$ 20,00 e R$ 21,00, também estável.

Para os analistas, a crise preocupa vários setores e repercute em economias em todo o mundo, seja nos países centrais ou nos emergentes. Segundo Flávio Turra, gerente técnico econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), produtores vão se ressentir da redução no ritmo de crescimento no mundo. ´´Haverá diminuição pela demanda de alimentos e isso vai impactar as economias dos países produtores´´, avalia.

A curto prazo, o Brasil não deve sentir efeitos negativos, em função da boa situação econômica e de reservas cambiais. Mas segundo Turra, os impactos vão atingir o setor em dois ou três meses, sobretudo no mercado externo. ´´Nessa época haverá a percepção da retração da economia dos países compradores dos produtos brasileiros´´, diz o técnico. Dessa forma, os preços serão menores, o que acabará neutralizando os ganhos que os exportadores terão com a movimentação do câmbio dos últimos dias. A médio prazo poderá haver também evasão de recursos, com reflexos no câmbio.

A crise norte-americana pode afetar também os rumos da próxima safra. Flávio Turra avalia que poderá haver diminuição nos investimentos, o que interferiria diretamente na produtividade. Isto porque, segundo ele, parte dos recursos é captada no exterior e terá custo maior, o que fatalmente irá aumentar a dívida dos produtores.

A matéria é de Raquel de Carvalho, publicada na Folha de Londrina, adaptada e resumida pela Equipe AgriPoint.

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