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Uruguai foca Ucrânia em substituição ao mercado russo

A Junta Diretora do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC) enviará ao Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) do país as diretrizes que deveriam contemplar o acordo sanitário com a Ucrânia para vender carne bovina. "A Ucrânia é um mercado muito interessante para a carne bovina, basicamente para produtos de preços médios. Entrar neste destino é como ampliar a Rússia ao leste", disse o gerente do Grupo Marfrig, Marcelo Secco.

A Junta Diretora do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC) enviará ao Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) do país as diretrizes que deveriam contemplar o acordo sanitário com a Ucrânia para vender carne bovina a este país.

Após o colapso do mercado russo com o aprofundamento da crise financeira mundial desde setembro de 2008, os frigoríficos uruguaios tentam recuperar parte do posicionamento perdido neste destino. Buscando competir com a carne bovina brasileira, agora centram seu foco no segmento gastronômico de alto valor, onde se utilizam produtos de alta qualidade e pretendem enviar à Ucrânia – uma vez que este mercado se habilitar – os volumes de cortes mais populares que antes eram comprados pelos russos.

O cônsul honorário da Ucrânia chegará ao Uruguai durante os primeiros dias do mês que vem e os empresários pretendem que o Governo do país tenha pronto o acordo sanitário para abrir o mercado e deixar a carne uruguaia com o mesmo privilégio que hoje tem os cortes brasileiros e argentinos.

“A Ucrânia é um mercado muito interessante para a carne bovina, basicamente para produtos de preços médios. Entrar neste destino é como ampliar a Rússia ao leste”, disse o gerente do Grupo Marfrig, Marcelo Secco.

Secco admitiu que dificilmente a Rússia voltará a ter o mesmo potencial como comprador que mostrou em 2007. “Hoje esse país tem um sistema financeiro que não define quem fica e quem não fica, enquanto tem uma crise de bancos e o Governo ainda não pode dar as cartas no assunto”. Isso repercute em uma restrição dos créditos e em risco a nível de operações comerciais que deixa os importadores russos de mãos atadas. A moeda russa se desvalorizou em 50% nos últimos seis meses e isso provocou um encarecimento do dólar.

Apesar de tudo, alguns negócios são feitos para manter o mercado e não perder os clientes. “É necessário seguir trabalhando apesar da conjuntura e apostar nos nichos de alto valor”.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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