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O boi sai da defensiva

Na maior feira de alimentos do mundo, na Alemanha, Abiec mostrará sustentabilidade na pecuária e fará alerta sobre excesso de taxas sobre a carne brasileira.

Na maior feira de alimentos do mundo, na Alemanha, Abiec mostrará sustentabilidade na pecuária e fará alerta sobre excesso de taxas sobre a carne brasileira.

Cansada de apenas reagir às acusações internacionais de que a pecuária brasileira é a grande vilã do meio-ambiente, a Associação Nacional da Indústria Exportadora de Carne (Abiec), sai em defesa do produtor rural e mira, assim, um grande projeto de esclarecimento ao consumidor europeu. As ações vão acontecer na feira internacional Anuga, em Colônia, na Alemanha, entre os dias 10 e 14 de outubro.”O Brasil tem grandes exemplos de pecuária sustentável e é isso o que vamos mostrar”, explica Antonio Jorge Camardelli, presidente da entidade.

Um vídeo de sete minutos, realizado com produtores e frigoríficos em três biomas diferentes mostrará as mais avançadas práticas agropecuárias em andamento. Pecuaristas localizados na Amazônia, Pantanal e nos Pampas gaúchos explicam de forma didática como funciona o sistema brasileiro o que é possível agregar em tecnologia. “O Brasil das indústrias frigoríficas não é o Brasil do desmatamento, mas sim da pecuária de ponta”, afirma o dirigente.

A feira também servirá para fazer um alerta aos consumidores europeus. Para entrar na Europa, a carne brasileira é obrigada a pagar 12,8% mais 3,04 euros por quilo apenas em impostos, o que impacta diretamente no preço final do produto. Esse protecionismo beneficia alguns milhares de criadores de gado europeus, mas acaba prejudicando milhões de consumidores em todo o continente, que, sem opção, são obrigados a pagar mais caro pelo produto sobretaxado.

Uma afronta às regras de livre comércio, ainda mais se levarmos em consideração que a União Europeia importa apenas 5,4% da carne que consome. Em 2020, no entanto, o percentual de importação subirá para 7,8%. Ou seja: a Europa vai precisar importar mais carne nos próximos anos – e o Brasil é um dos únicos países capazes de suprir esta demanda.

Não existem motivos técnicos para a restrição à carne do Brasil. O país nunca registrou um caso de Vaca Louca e toda a área habilitada para exportar para a Europa está livre da aftosa desde 2005.

Fonte: Abiec. Adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Vitor Jose Teixeira de Souza disse:

    O Brasil precisa ser mais contundente no que se refere ao Marketing da Carne…esta ação define bem como devemos proceder com o mercado externo…

    Agora falta tirar este "peso" do pecuarista que ele é um massacrador da natureza…isso não é verdade…

    Precisamos fazer o mercado interno entender que nossa carne é saudável, produzida por famílias para a sua família, como é o MKT da cadeia da carne e do leite nos EUA.

    Estamos engatinhando neste processo mais chegamos la porque em pouco tempo só nós poderemos chegar lá…

  2. Clodomiro Cruz Stabile disse:

    Um dos maiores diferenciais da carne brasileira quando comparada com européia, americana e outras produzidas em confinamento esta na análise nutricional que normalmente nao é lembrada.

    Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa.

    Não se compara alhos com bugalhos.

    A grande maioria da carne brasileira é boi de capim: animais que comem grama e portanto produzem ômega 3, elemento não sintetizado pelo organismo humano, mas essencial para a nossa saude.Tampouco é produzido por animais criados em confinamento.

    Quando distribuirmos carne com rótulo nutricional,então aí sim poderemos ter nosso diferencial precificado.