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A lenta reforma do Ministério da Agricultura

O Ministério da Agricultura ainda patina desde a posse do ministro Mendes Ribeiro, em agosto do ano passado. Ao assumir o cargo, Mendes prometeu uma reformulação para "enxugar" e "dar gestão" à Pasta, extinguindo secretarias e mudando a estrutura deixada pelo antecessor Wagner Rossi. As iniciativas, porém, não têm saído na mesma velocidade prometida pelo ministro.

O Ministério da Agricultura ainda patina desde a posse do ministro Mendes Ribeiro, em agosto do ano passado. Ao assumir o cargo, Mendes prometeu uma reformulação para “enxugar” e “dar gestão” à Pasta, extinguindo secretarias e mudando a estrutura deixada pelo antecessor Wagner Rossi. As iniciativas, porém, não têm saído na mesma velocidade prometida pelo ministro.

Alguns desses problemas prejudicam a rapidez de ação do ministério. O embargo da Rússia à compra de carnes brasileiras, iniciado em junho de 2011, ainda não foi resolvido. A barreira foi colocada em segundo plano pelo ministério, já que os exportadores abriram novos mercados para as carnes e reduziram a dependência de Moscou. Uma fonte que acompanha as negociações disse que a dificuldade em resolver o problema esbarra em questões políticas e comerciais. Mas o prejuízo é evidente. A Rússia encolheu de 5,9% para 2,4% sua fatia nas exportações do agronegócio brasileiro em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2011. A queda se deve, principalmente, ao embargo.

Além disso, a febre aftosa voltou a rondar o país após a descoberta de um foco no Paraguai, e a vigilância do governo tem se mostrado frágil. Em 27 de janeiro, o ministério teve que sacrificar, em Boa Vista (MS), 266 animais suspeitos de entrar clandestinamente em Mato Grosso do Sul via Paraguai. A lentidão nas respostas dos dois casos, do embargo e da aftosa, segundo uma fonte da pasta, deriva de uma briga política entre o secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, e o diretor de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Luiz Carlos de Oliveira.

A crise gerada pela seca no Sul ainda não recebeu uma resposta enfática. Por enquanto, foram anunciados apenas pequenos repasses de dinheiro para a perfuração de poços artesianos e compra de equipamentos, além da promessa da avaliação das perdas para cobertura de seguros agrícolas.

Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

1 Comment

  1. Carlos Cesar de Queiroz disse:

    O Ministerio necesssita ser reformulado ha muto tempo. Temos dois ministerios que tratam da agricultura, um para fiscalizar MAPA, e o outro para desenvolver o Ministerio de Desenvolvimento Agrário MDA, o primeiro para os grandes e o segundo para os pequenos, falta um terceiro para cuidar dos medios. Como se pode falar em desenvolvimento em um mnisterio que somente tem uma carreira finalistica a de fiscal federal agropecuario. Não é necessario ser inteligente para saber o que vão fazer. Não se está dizendo que não ha necessidade de fiscalizar, mas que haja oportunidde para a educação, para o desenvolvimento, para a pesquisa, para a assitencia tecnica, para o desenvolvimento do rural, da segurança alimentar, da preservação, do seguro, do preço minimo, da justiça agricola e agraria etc. Como as mudanças são feitas pelas pessoas, est deveria ser a primeira reforma. Carlos Cesar