O presidente da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), Carlo Lovatelli, criticou ontem a proposta de revisão dos índices de produtividade para fins de reforma agrária. Para ele, a revisão dos índices só poderia ser feita pelo Ministério da Agricultura "com embasamento técnico".
O presidente da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), Carlo Lovatelli, criticou ontem a proposta de revisão dos índices de produtividade para fins de reforma agrária. Além disso, ele quer o retorno da agricultura familiar ao Ministério da Agricultura e a criação de um órgão subordinado à Presidência da República para tratar do processo de reforma agrária.
Para ele, a revisão dos índices só poderia ser feita pelo Ministério da Agricultura “com embasamento técnico” e desde que “ouvindo o CNPA”, o Conselho Nacional de Política Agrícola, composto pelo setor privado.
A atual proposta considera a produtividade média de municípios com os 40% piores desempenhos no principal estado produtor de cada cultura. Os índices são reajustados em até 100%. O setor reivindica índices apurados nas microrregiões homogêneas estabelecidas pelo IBGE e não nos estados como prevê a lei, informou reportagem de Mauro Zanatta, do jornal Valor Econômico.
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Se o governo federal quer terras, poderia aplicar a despropriação, (sem custos por que a terra não tem dono legal, ainda), na maioria dos assentamentos que não atingissem os atuais índices; que eles póprios julgam do século passado. Vai faltar gente para pleitear tantos lotes de terra, e não será pago um centavo em desapropriações. Idéia simples, eficiente, e dou de graça ao poder público deste país!
Se o governo não consegue enxergar isso, somos obrigados a acreditar que ele está usando a demagogia da reforma agrária, do assistencialismo e paternalismo, não para atender uma demanda de produtores sem condições de comprar terra, mas sim para fazer política beneficente e populista com recursos escassos de todos nós brasileiros em um rio de dinheiro jogado fora, para todos os anos comprar incontáveis fazendas, ainda que com preços impostamente abaixo do mercado, para construir nelas verdadeiras moradas de eternos pedintes ao próprio governo que estão longe de atingirem os índices atuais que o governo usa para matar sua sede arrecadatória de terras.
Luciano Vilela