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Abiec descarta caso de vaca louca no País

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) afirmou na sexta-feira passada (19/11) que não há casos de vaca louca no País e dificilmente a doença será detectada tendo em vista o rigoroso padrão adotado na produção nacional. "Essa é uma citação pontual e ainda precipitada, pois é uma notificação de suspeita e investigações ainda estão sendo feitas. De qualquer forma temos segurança de que essa notícia não tem nada a ver com o sistema de produção de carnes e, portanto, nada afeta na indústria", completou o presidente da entidade, Antonio Jorge Camardelli.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) afirmou na sexta-feira passada (19/11) que não há casos de vaca louca no País e dificilmente a doença será detectada tendo em vista o rigoroso padrão adotado na produção nacional. O presidente da entidade, Antonio Jorge Camardelli, comentou a notícia de que em Campinas (SP) um caso está sendo investigado por suspeita de Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), cuja causa provável é a ingestão de carne contaminada pela encefalopatia espongiforme bovina (EEB), popularmente conhecida como doença da vaca louca.

“O Brasil nunca teve e dificilmente terá casos de vaca louca. Isso porque existe um controle extremamente rígido tanto na produção de carne quanto no risco e diagnóstico da doença”, afirmou o executivo. “Essa é uma citação pontual e ainda precipitada, pois é uma notificação de suspeita e investigações ainda estão sendo feitas. De qualquer forma temos segurança de que essa notícia não tem nada a ver com o sistema de produção de carnes e, portanto, nada afeta na indústria”, completou.

A Vigilância Municipal da Saúde de Campinas informou, por meio de nota oficial, que foi notificada no dia 12 de novembro sobre o caso suspeito, tratado com sigilo, e que não há transmissão da doença no Brasil. O paciente internado é médico e, segundo informações extraoficiais, esteve na Europa. O Hospital Beneficência Portuguesa informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a doença neurológica não está confirmada e que o caso está sendo investigado.

Camardelli, da Abiec, ressaltou que o governo brasileiro tem um sistema de fiscalização “profissional e estruturado” para evitar o surgimento da doença no País. A inserção de ração para bovinos com ingredientes de origem animal, principal fonte de transmissão da EBB é proibida pela Instrução Normativa nº 08/2004, do Ministério, e pela Lei Estadual nº 3.823/09 e desde 2006 o ministério proibiu o uso da proteína e da farinha de carne e ossos proveniente de ruminantes na alimentação desses animais como forma de evitar a aparição da doença.

“Nos frigoríficos com inspeção federal e que são associados à Abiec existe a obrigatoriedade da destruição de material de risco. Inclusive a destruição é controlada, pois tem que seguir regras do trinômio: temperatura, tempo e pressão”, explica o presidente da entidade.

A matéria é de Suzana Inhesta, da Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Manuel de Mesquita disse:

    Prezada Sra. Abiec…

    O parágrafo abaixo, nos dá uma boa idéia da distância que separa a “dura realidade” e a “realidade típica” de quem vive no mundo do “finge que não faz, que eu finjo que não vejo”…

    Camardelli, da Abiec, ressaltou que o governo brasileiro tem um sistema de fiscalização “profissional e estruturado” para evitar o surgimento da doença no País. A inserção de ração para bovinos com ingredientes de origem animal, principal fonte de transmissão da EBB é proibida pela Instrução Normativa nº 08/2004, do Ministério, e pela Lei Estadual nº 3.823/09 e desde 2006 o ministério proibiu o uso da proteína e da farinha de carne e ossos proveniente de ruminantes na alimentação desses animais como forma de evitar a aparição da doença.

    Pelo visto, não possuímos nem sistema, nem fiscalização, nem profissional, nem estrutura… afinal a tal lei de 08/2004 que proibe alimentação com farinha de carne e ossos de animais também não proibe resíduos da criação de aves?

    Quanto a afirmação de que “dificilmente a doença será detectada tendo em vista o rigoroso padrão adotado na produção nacional” a ocorrência em Tres lagoas mostra que tal afirmação não poderia ser usada… Grandes chances de nunca ser detectada após instalada em humanos, afinal também sabemos como anda nosso sistema de saúde pública…

    Tudo muito apropriado, tudo muito verdadeiro, se… a ocorrência de “cama de frango ou de galinha”, não constasse da dieta de animais em confinamento, em propriedade “certificada” como a de “Tres Lagoas – grupo Katayama”…

    E as medidas para que tal ocorrência não mais se repita?

    E as punições para os envolvidos?
    – Cerificadora
    – Veterinário e Zootecnista Responsável
    – Administração da empresa proprietária da fazenda…

    Todos em silêncio… Autoridades, Associação das Certificadoras, Abiec… Frigoríficos… Abafrigo….

    E assim seguimos adiante… sem nunca sair do lugar!