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Abiec: Estamos procurando soluções ambientais para rastreabilidade de gado

Além do controle sanitário na cadeia pecuária garantido pelo Ministério da Agricultura, um dos principais objetivos do setor é “encontrar soluções de rastreabilidade que também solucionem questões ambientais”, disse há pouco o diretor de Sustentabilidade da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Fernando Sampaio. A afirmação foi feita durante evento de lançamento do programa “Juntos: Pessoas+Florestas+Pecuária”, do Fundo JBS pela Amazônia, na sede da empresa em São Paulo.

Segundo Sampaio, a pecuária brasileira está vivendo um paradoxo atualmente: enquanto a área de pastagem está diminuindo no Brasil, sendo ocupada por culturas de grãos, novas áreas são ocupadas com rebanhos, aparecendo em primeiro lugar em dados sobre desmatamento. “O desmatamento está se interiorizando na Amazônia, majoritariamente acontecendo em áreas públicas”, explicou Sampaio. De acordo com ele, a rastreabilidade visando à preservação ambiental deve trazer sustentabilidade para a produção pecuária do Brasil.

O novo programa da JBS, em parceria com a empresa Rio Capim Agrossilvipastoril, visa à inclusão do pequeno produtor de bezerros e garrotes na transição para a pecuária de baixo carbono, dobrando sua renda e rentabilidade da área em até seis vezes, disse a empresa em nota, além do rastreamento da cadeia desde o início, ou seja, dos fornecedores indiretos de gado de corte para frigoríficos. O Pará será o primeiro Estado a receber o programa.

Conforme a JBS explica, em nota, o primeiro modelo do programa vai atrair pequenos produtores da região amazônica interessados em fazer parte de um sistema de recria de gado com alta rentabilidade. O Rio Capim ficará encarregado da cria intensificada do gado, que abarca até o sétimo ou nono mês de vida do animal, e cederá os bezerros rastreados individualmente e com emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA) aos pequenos produtores interessados em fazer a recria. Quando o animal completa um ano, o pequeno produtor recebe o retorno financeiro baseado no ganho de peso conseguido no período. Na fase seguinte, o lote é encaminhado para fazendas de engorda ou finalizados em confinamentos.

“De início, o Fundo JBS vai destinar R$ 10 milhões ao novo programa, com a estimativa de investir até R$ 100 milhões nos próximos dez anos, alavancando mais de R$ 900 milhões entre recursos de Pronaf, comerciais e doações, com diversos tipos de instrumentos financeiros, como fundos de aval e fundos blended finance, por exemplo, que possam ajudar a aumentar a escala nessa fase inicial do projeto”, disse a JBS, em comunicado. O plano inclui a integração de 3,5 mil famílias nos principais Estados da Amazônia Legal, começando pelo Pará, com uma área monitorada de mais de 350 mil hectares, com mais de 50 mil hectares de pastagens recuperadas.

Fonte: Estadão.

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