ABNP elabora manual de boas práticas de produção de novilhos precoces

A Associação Brasileira do Novilho Precoce (ABNP), está elaborando o Manual de Boas Práticas de Produção do Novilho Precoce. “O objetivo do material é padronizar a criação do novilho precoce, abatido até os 24 meses de idade, que oferece a carne desejada pelo mercado mundial por suas características de maciez, sabor e suculência, levando em consideração os conceitos de segurança alimentar, sanidade, bem-estar animal e respeito ao meio ambiente”, afirma Constantino Ajimasto Jr., presidente da entidade.

Uma versão preliminar do manual já foi entregue às associações brasileiras de criadores de raças bovinas, presentes à reunião promovida pela ABNP, na segunda-feira, dia 22 de março de 2004, que contou com a presença do secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), José Amauri Dimarzio.

Na ocasião, o secretário-executivo do MAPA disse também que o Ministério avalia a inclusão de verba para custeio da produção de novilho precoce no Plano Safra 2004/2005. Segundo Dimarzio, a carne bovina de qualidade, proveniente do novilho precoce, tem sido fator decisivo nas negociações das missões do Brasil a potenciais compradores de carne bovina, como Japão, Coréia do Sul, Taiwan e até mesmo Estados Unidos. “Estamos muito animados com os resultados preliminares desses entendimentos. Nesse momento, avançam as discussões com os EUA sobre as exportações de carne bovina in natura. Os norte-americanos comprometeram-se a apresentar um relatório de solicitações e exigências até o mês de maio”, acrescenta ele.

Da esquerda para a direita: José João, presidente da Associação Brasileira dos Frigoríficos (Abrafrigo), Constantino Ajimasto Jr., presidente da Associação Brasileira do Novilho Precoce (ABNP), e José Amauri Dimarzio, secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Classificação de carcaças adiada por 30 dias

A Associação Brasileira do Novilho Precoce anunciou na reunião parceria da entidade com a Associação Brasileira dos Frigoríficos (Abrafrigo), envolvendo a produção e o abate de bovinos, fortalecendo a cadeia da produção de carne vermelha. Segundo o presidente da ABNP, Constantino Ajimasto Jr., a união da cadeia produtiva da carne bovina, que ganhou força com a criação da Câmara Setorial da Carne, chega agora até as indústrias frigoríficas.

Essa evolução dos entendimentos entre os vários elos da cadeia levou o MAPA a prorrogar por um mês a consulta pública à tabela de classificação de carcaças, que deveria ter sido encerrada em 15 de março. Segundo José Amauri Dimarzio, o objetivo é ouvir a indústria frigorífica nesse período.

Fonte: Assessoria de imprensa da ABNP, adaptado por equipe BeefPoint