O vice-governador e secretário da Agricultura do Paraná, Orlando Pessuti, ressaltou ontem que a Secretaria da Agricultura não tinha recebido nenhuma informação oficial do Ministério da Agricultura sobre a confirmação da existência de foco de febre aftosa no estado. “Ainda não recebemos nenhum laudo de exames que comprove a existência da doença em nosso estado. Não recebemos nenhuma cópia de nota técnica que o Ministério estaria elaborando”, comentou.
Para ele, o anúncio não tem conotação política e também não acredita que seja uma retaliação ao Paraná. “Porque isso acaba prejudicando o Brasil inteiro. Mas há pressão da Comunidade Européia e de setores do Brasil que querem que a questão seja resolvida, o quanto antes, no Mato Grosso do Sul e no Paraná”, afirmou.
O secretário também lembrou que no dia 21 de outubro o Ministério recomendou que a suspeita no Paraná fosse notificada. “Quanto à suspeita da doença no Mato Grosso do Sul, o ministério ficou sabendo no dia 30 de setembro. Mas só foi anunciada no dia 10 de outubro”, disse. Para ele, houve tratamento diferenciado em relação aos dois estados.
Por enquanto, nenhuma medida será tomada, como sacrifício de animais. “Não temos o vírus identificado, isolado. Portanto, não temos a doença no estado. Ainda é apenas uma suspeita. Por isso, não vamos tomar nenhuma medida. Como não concordamos com a existência de foco da doença, não podemos aceitar o sacrifício”, concluiu.
Fonte: Agência Estadual de Notícias, adaptado por Equipe BeefPoint