Neste ano, o Estado de São Paulo adota uma nova estratégia de imunização contra a febre aftosa dos rebanhos bovídeos (bovinos e bubalinos), com o objetivo de uniformizar o sistema com o calendário dos demais estados da Federação, com vistas à retirada da vacinação em 2021.
A Resolução SAA – 55, publicada no Diário Oficial do dia 1º de novembro de 2017, estabelece a inversão das etapas de vacinação, sendo que em maio será obrigatória a vacinação de todo o rebanho bovino e bubalino, independente da faixa etária; e no mês de novembro, será feita a imunização dos bovinos e bubalinos com idade entre zero e 24 meses.
O ajuste foi realizado a partir de solicitação da Secretaria paulista ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), considerando o pleito do setor produtivo.
A retirada da vacinação contra a febre aftosa está prevista no Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, do Mapa. Para São Paulo, que pertence ao grupo IV, juntamente com os Estados da Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Sergipe e Tocantins, a previsão é em 2021.
Para o médico veterinário Fernando Gomes Buchala, coordenador da Defesa Agropecuária, o processo é um enorme desafio para o Estado de São Paulo, que é o coração da pecuária brasileira. Buchala destacou que “a retirada da vacinação envolve o empenho das equipes das Coordenadorias de Defesa Agropecuária e de Assistência Técnica Integral (Cati) paulistas, para criar uma cultura de educação sanitária junto ao setor produtivo e a conscientização do criador, que é parte importante nesse processo de adaptação do calendário, evitando problema no trânsito dos animais e de status vacinal entre os Estados, com uma barreira imunológica para a retirada da vacinação”.
Até 31 de maio de 2018 deverão ser vacinados todos os bovídeos do rebanho paulista de 11 milhões de cabeças. É proibida a vacinação de outras espécies animais.
Fonte: Secretaria da Agricultura e Abastecimento de SP.