As exportações totais de carne bovina do Brasil em agosto bateram novo recorde mensal, superando 300 mil toneladas num único mês pela primeira vez, informou nesta sexta-feira (13) a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que compilou dados do governo.
Em agosto, o maior exportador global de carne exportou 301.951 toneladas, incluindo produtos processados e in natura, com o Brasil registrando maiores compras da China, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos neste ano.
O volume exportado em agosto representa um crescimento de 31,5% em relação ao mesmo período do ano passado, afirmou a Abrafrigo. Do lado da oferta, a produção de carne bovina está forte, com os abates de bovinos registrando recordes no segundo trimestre, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Em julho, as exportações já tinham sido recordes, com representantes da indústria destacando oportunidades nos mercados importadores e um câmbio favorável. Com preços em queda, a receita com as exportações no mês passado cresceu menos do que o volume, ou 16,7%, para US$ 1,122 bilhão (R$ 6,32 bilhões na cotação atual)
A Abrafrigo afirmou que, no acumulado do ano, as exportações totais de carne bovina alcançaram 2,03 milhões de toneladas, alta de 34% na comparação com o mesmo período de 2023. A receita subiu 20%, para US$ 8,1 bilhões (R$ 45,6 bilhões).
Em 2024, a China elevou as compras de carne bovina brasileira em 9,5%, para 796.836 toneladas até agosto, embora tenha reduzido sua participação no total das exportações de 48,1% no volume em 2023 para 39,2%. Segundo maior importador do produto brasileiro, os Estados Unidos aumentaram suas importações no acumulado do ano em 103,7%, para 334.733 toneladas.
Os Emirados Árabes, país que funciona como um hub de distribuição de produtos no Oriente Médio, consolidou-se na terceira posição entre os maiores importadores de carne bovina brasileira, aumentando as importações em cerca de 190%, para 114.104 toneladas. No total, 89 países aumentaram as importações de carne bovina brasileira no ano, enquanto 76 reduziram suas compras.
Fonte: Forbes.