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Agricultores do RS atingidos por estiagem poderão prorrogar pagamento de custeio e investimento

O secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Fernando Schwanke, disse hoje que agricultores gaúchos atingidos pela estiagem terão direito à prorrogação de parcelas de custeio e investimento. Para isso, eles precisarão comprovar perdas acima de 25%, no caso de grãos, e de 15% para as demais culturas.

A expectativa da pasta é anunciar as medidas, que ainda depende da palavra final do Ministério da Economia e do aval do Conselho Monetário Nacional (CMN) esta semana.

Em uma transmissão ao vivo no Facebook, Schwanke disse que os produtores devem ser eximidos do pagamento das parcelas de custeio deste ano e terão prazo de sete anos com a prorrogação dos vencimentos. No caso de investimentos, a parcela deste ano deve ser adiada para quitação no final do contrato. Outras medidas estudadas são a criação de linha de crédito para cooperativas e outra para agricultores familiares, com R$ 30 mil de capital de giro, com três anos para pagar.

Sobre o aporte de R$ 500 milhões para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), confirmado pela ministra Tereza Cristina mais cedo e que deve ser oficializado durante esta semana, o secretário afirmou que ele poderá atender 100 mil famílias de produtores que irão vender os alimentos e 10 mil entidades que vão receber os gêneros alimentícios. “Ao todo, 12 milhões de pessoas receberiam alimentos com esses R$ 500 milhões”, destacou.

O deputado federal Alceu Moreira (MDB/RS), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), disse que o setor leiteiro também aguarda apoio. O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) deve participar de conversa com a ministra Tereza Cristina na terça-feira.

A expectativa, segundo Alceu, é que o Tesouro Nacional faça aporte de recursos para equalização de juros em uma linha a ser criada e destinada à estocagem da produção. A medida beneficiaria também outros setores. O parlamentar reclamou da atuação dos bancos que estariam cobrando juros mais altos em meio à crise e da necessidade de articular a intervenção do Banco Central para socorrer esses produtores.

“Senhores banqueiros, que apresentam balanços de R$ 50 bilhões de lucros, dizem que o juro tem que ser maior porque tem risco. São três anos de recessão, seca e os bancos continuam com ganância. Não dá para ganhar um pouco menos?”, questionou, durante a mesma live.7

Fonte: Valor Econômico.

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