O primeiro semestre de 2017 não têm sido fácil para agronegócio brasileiro, com crises que aumentam custo de derrubam a margem de lucro do produtor. Mas, analistas da área acreditam em estabilidade ou leves melhoraras.
Em ano onde a Operação Carne Fraca colocou em xeque a qualidade da carne brasileira e a delação da JBS desestabilizou a política, as consequências são sentidas por quem espera melhora nos preços para vender, principalmente da arroba.
Durante o Confirnar 2017, que terminou ontem em Campo Grande, o analista sênior do Rabobank Brasil, Adolfo Fontes, disse que é preciso analisar do ponto de vista de uma produção mais intensificada.
“Então teremos oportunidades boas para travar custos em um patamar muito baixo. Nesse momento é necessário dividir a estratégia de venda em alguns cenários possíveis, de curto, médio e longo prazo”, esclarece o palestrante.
Com o consumo de carne no mercado interno em queda, a previsão é que registros positivos como os alcançados em 2014, segundo o analista, só em 2019.
“Tudo indicava para que pudéssemos crescer o consumo interno no segundo semestre, que corresponde a 80% da nossa produção, portanto, uma grande importância na formação de preços”, explica Fontes ao afirmar que as novas crises voltaram a desestabilizar o setor.
Apesar da queda do preço do boi gordo, mantivemos uma margem positiva. Mas em 2018, o cenário será ainda melhor. E para chegar até lá, ele indica o uso de ferramentas que possam travar a receita do pecuaristas, focando na margem e dividindo estratégias, não só pensando a curto prazo.
“Ferramentas como bolsa de valores e bancos podem nos auxiliar no travamento da receita. Quanto às estratégias, precisamos lembrar que o gado que compramos hoje, será comercializado daqui seis meses ou um ano, de acordo com o sistema em que se está trabalhando, e isso fazer parte das contas”, detalha.
Fonte: Campo Grandes News, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.