Na semana passada, fizemos alguns comentários sobre o problema da BSE e possíveis atitudes preventivas que poderiam ser tomadas para se antecipar a qualquer consequência mais danosa que essa doença poderá trazer à pecuária brasileira e americana.
A pesquisa de opinião, colocada no site sobre a BSE, apresentou o seguinte resultado:
Estar presente em bovinos no continente Americano – 16,7%
Grande probabilidade de ser introduzida no continente Americano – 29,2%
Pequena probabilidade de ser introduzida no continente Americano – 50,0%
Nenhuma probabilidade de ser introduzida no continente Americano – 4,2%
Verifica-se pelas repostas que somente uma pequena minoria descarta a remota possibilidade de não haver nenhuma probabilidade da BSE ser introduzida no continente americano. A grande maioria admite haver alguma probabilidade, predominando a opinião de que essa probabilidade é pequena.
O assunto da BSE, como não poderia deixar de ser, tem sido notícia frequente na imprensa. A tendência é também de haver uma manifestação clara e contundente das autoridades de deixar claro que a doença não existe no Brasil, o que é louvável. Entretanto, como as evidências da não existência da doença são fortes, porém indiretas, uma parte dos consumidores, principalmente os europeus, vão provavelmente estar sempre preocupados em consumir carne bovina, se não forem produzidas evidências bastante claras, tanto de sua não existência, como das providências tomadas para evitar a sua entrada no nosso rebanho bovino.
A nossa insistência sobre esse assunto da BSE é pelo terrível estrago que ela poderá ter na economia pecuária bovina mundial se não for eficientemente controlada. Para se ter uma idéia da preocupação que alguns países da Europa estão tendo, a hipótese de contaminação de animais através do consumo de forragens produzidas em solos que recebem fezes ou farinha de osso de animais contaminados está sendo testada. Existem informações técnicas que os “prions” responsáveis pela transmissão da doença podem resistir até 3 anos no solo.
Tanto o Governo como a iniciativa privada ligada à cadeia da carne bovina precisam unir forças e agir para não só mostrar cientificamente a sua não ocorrência, como para adquirir capacidade técnica e estabelecer legislação adequada para evitar a sua entrada no Brasil.