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Alagoas busca mudança de classificação sanitária

O problema das barreiras sanitárias em Alagoas será discutido na segunda-feira (24) numa audiência pública entre pecuaristas e governo do Estado. Na pauta, as questões que envolvem a febre aftosa e a proibição da venda de animais de Alagoas para outros estados do País, principalmente os do Centro-Sul.

O presidente da Associação dos Criadores de Alagoas (Aca), Álvaro Vasconcelos, adiantou que durante a audiência com o secretário executivo de Agricultura, Abastecimento, Irrigação e Pesca (Seap), Reinaldo Falcão, os criadores poderão não só acompanhar um balanço das ações desenvolvidas até agora, como também apresentar sugestões.

“Os pecuaristas, através de suas entidades, têm contribuído efetivamente com o controle da aftosa no Estado. No entanto, podemos participar ainda mais desse processo até porque é do nosso interesse que o Estado reabra suas divisas para a comercialização de animais e produtos derivados”, defendeu.

Acelerando

Falcão esteve em Brasília, ontem (20), acompanhado de colegas de outros Estados que participaram do Fórum de Secretários de Agricultura, com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, tratando sobre o controle da febre aftosa no País.

O ministro assumiu o compromisso de acelerar o processo de avaliação e reclassificação dos Estados no programa de controle da aftosa no país. Rodrigues também acertou com os secretários de Estado a realização de reuniões para discutir as medidas que serão adotadas pelo Mapa no sentido de agilizar as ações sanitárias com vistas à reclassificação.

“O ministro está empenhado em resolver esta questão. Ele sabe que não podemos ter um Brasil livre de aftosa e o outro condenado ao atraso econômico na sua pecuária por falta de condições de comercializar sua produção. Alagoas não pode continuar isolada do País”, argumentou Falcão.

Atualmente, Alagoas é considerada zona de risco desconhecido. Na prática, o pecuarista alagoano só pode comercializar para mais seis Estados do país incluídos no circuito Nordeste que têm a mesma classificação de Alagoas. Nos demais circuitos, considerados área livre de aftosa ou zona tampão, que compreendem 21 Estados, bovinos, caprinos, ovinos e bubalinos produzidos em Alagoas não entram.

Fonte: Gazeta de Alagoas, adaptado por Equipe BeefPoint

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