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Alta nos preços do boi gordo devem persistir, aponta Markestrat

A tendência de alta nos preços do boi gordo deve persistir enquanto a oferta de animais prontos se mantiver limitada, apontou a consultoria Markestrat em relatório. A atual pressão nas cotações é desencadeada pela disputa de matéria-prima pelos frigoríficos, cenário que deve se manter no curto prazo.

Os analistas recomendam que os produtores avaliem oportunidades de comercialização antecipada para garantir margens antes de uma possível acomodação dos preços. No mercado de bezerro, a orientação é se atentar à qualidade do rebanho e aos índices zootécnicos, o que pode assegurar melhores valores de venda.

Soja

A colheita da soja no Brasil segue avançando, com índices acima da média dos últimos cinco anos. Mato Grosso, principal estado produtor do grão, entrou na reta final dos trabalhos de campo. No entanto, os analistas alertam para as oscilações de preços e para o impacto do clima nas lavouras remanescentes, a fim de evitar perdas de qualidade.

No curto prazo, segundo os especialistas, o mercado deve seguir volátil, mas sinais de retomada de preços nos contratos futuros podem indicar oportunidades de comercialização para produtores que buscam travar valores. “A médio e longo prazo, a demanda externa – especialmente da Ásia – e a competitividade brasileira devem continuar sustentando as cotações da soja”, destacam. 

No segmento de farelo de soja, a Markestrat aponta que a colheita volumosa da oleaginosa tende a manter a pressão sobre os preços. Já o óleo de soja pode sustentar parte do ganho recente, caso as exportações se mantenham aquecidas.

Os especialistas ressaltam que o resultado final da safra, a evolução das exportações e eventuais mudanças em políticas de biodiesel no Brasil e em outros países serão fatores determinantes para a movimentação dos preços. A longo prazo, monitorar a demanda global por farelo e acompanhar a evolução das exportações de óleo será essencial, uma vez que alterações nesses fluxos podem modificar rapidamente a direção dos preços.

Milho

Após um leve avanço no preço do milho no mercado físico durante março (+0,27%), houve uma queda de 2,40% no acumulado da última semana do mês. Conforme a Markestrat, o aumento da oferta da safra de verão tem pressionado os preços, principalmente no mercado futuro, nos vencimentos de maio e julho.

A consultoria destaca que as cotações devem seguir mais fracas enquanto a colheita avança e a demanda interna e externa não apresentar uma reação significativa. Além disso, o clima durante o desenvolvimento da 2ª safra de milho, conhecida como safrinha, e o ritmo das exportações serão determinantes para o comportamento dos preços.

Para os produtores, a recomendação é avaliar estratégias de comercialização antecipada, aproveitando eventuais altas de preço, além de monitorar custos de produção e a disponibilidade de crédito, especialmente diante das taxas de juros em patamares elevados.

Fonte: Estadão.

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