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Amorim acredita no aumento de disputas na OMC

Se as negociações da Rodada de Doha não forem retomadas e concluídas, o número de disputas na Organização Mundial do Comércio (OMC) irão aumentar, declarou nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

Se as negociações da Rodada de Doha não forem retomadas e concluídas, o número de disputas na Organização Mundial do Comércio (OMC) irão aumentar, declarou nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

O primeiro sinal foi dado pelo próprio Brasil. Amorim disse a jornalistas que pedirá à OMC que retome o processo de arbitragem do valor das retaliações que poderão ser aplicadas pelo governo brasileiro aos Estados Unidos por conta dos subsídios de Washington aos produtores americanos de algodão. Amorim estima que a organização levará até 60 dias para iniciar a arbitragem.

Embora tenha ressaltado que, apesar da iniciativa, ainda preferia obter uma saída negociada com os EUA sobre o caso, o chanceler revelou que estuda entrar com outro processo contra os americanos. O Itamaraty avalia a possibilidade de questionar as barreiras impostas ao etanol brasileiro.

“Se nós não avançarmos na OMC, não diria nem que é provável (o aumento das disputas comerciais na OMC), mas certamente. Não haverá outro caminho”, afirmou o ministro.

As negociações para a liberalização do comércio mundial fracassaram em julho, depois que Estados Unidos e Índia não chegaram a um acordo sobre a criação de salvaguardas especiais para os produtores rurais de alguns países em desenvolvimento.

Para Amorim, um acordo nas modalidades de agricultura e produtos industriais deveria ser “mais ou menos” finalizado até o início de outubro, antes das eleições presidenciais dos EUA. Já a definição dos últimos detalhes técnicos deveria ser feita até o início de janeiro de 2009. Se esse cronograma não se concretizar, alertou, a Rodada de Doha pode demorar até mais de três anos para ser concluída.

O ministro complementou que o formato e as datas para as próximas reuniões devem ser definidos pelo diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, que esteve nesta sexta-feira em Washington e recentemente visitou a Índia.

“Os sinais que recebemos são moderadamente encorajadores de que há o desejo de se discutir e que existe uma inconformidade com a paralisia”, declarou Amorim.

A reportagem é de Fernando Exman, publicada no jornal O Estado de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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