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Análise semanal – 22/05/2005

O mercado do boi gordo segue de lado na maioria das praças pesquisadas. As poucas alterações registradas para o boi gordo, ao longo dos últimos 7 dias, estão dispostas na tabela 1.

Tabela 1. Variações das cotações do boi gordo na última semana


O cenário é o mesmo da semana passada. Em algumas regiões a oferta de animais terminados já diminuiu bem. É o caso, por exemplo, de São Paulo e Sul de Goiás.

Em outras, ainda tem boi de pasto, principalmente na base de sal proteinado ou sal com uréia. Essa é a realidade, por exemplo, do Mato Grosso do Sul. Portanto, a chegada do frio e da chuva ainda pode jogar mais gado no mercado.

É preciso considerar que caso essa “desova” realmente aconteça, ela tende a ser rápida. Os veranicos do primeiro semestre castigaram demasiadamente as pastagens sul mato-grossenses, não havendo, portanto, muito capim para estragar. Esse, aliás, é um problema sério que os semiconfinadores terão que administrar este ano.

Os grandes frigoríficos paulistas reportam que cerca de 80% das escalas estão sendo formadas com animais de outros Estados. Um deles, inclusive, chegou a abrir ordens de compra a R$52,00/@, a prazo, para descontar o funrural para o boi gordo de dentro do Estado, R$3,00/@ a menos que o preço referência.

Fez isso porque já não compra quase nada em São Paulo. Aliás, R$52,00/@ é o que ele vem ofertando pelo boi do Sul de Goiás ou do Triângulo Mineiro. O que o frigorífico fez foi igualar os preços dentro e fora do Estado.

Além de buscar quase todo gado fora do Estado, os “grandões” de São Paulo aumentaram o raio de compra. Já chegam, com relativa freqüência, ao Norte do Mato Grosso, ofertando cerca de R$50,00/@, a prazo, para descontar o Funrural pelo boi gordo.

Para o curto prazo, a tendência é que as cotações da arroba permaneçam estáveis na maioria das praças pesquisadas. Em algumas regiões, em função de situações particulares de oferta e demanda, podem ser registradas alterações, mas nada que indique uma tendência.

Logo que for comercializado o resto de gado de pasto, o mercado deve começar a trabalhar em ambiente firme, com preços em recuperação. Mas o dólar, que voltou a cair, ainda é a maior barreira aos reajustes.

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