Este ano não está sendo um bom período para a pecuária, principalmente para os confinadores. O setor tem esperança, no entanto, de que o cenário melhore em 2017.
Os principais entraves encontrados em 2016 devem ser superados no próximo ano, segundo Alberto Pessina, o novo presidente da Assocon (Associação Nacional dos Confinadores).
Entre os fatores que vão auxiliar o setor está a abertura de novos mercados, como o dos Estados Unidos. Pessina aposta, também, na melhora na economia brasileira, o que deve gerar mais demanda para o setor. Além disso, as supersafras de grãos nos Estados Unidos e o aumento de produção no Brasil devem reduzir os custos dos grãos, um dos componentes de custo do setor.
O setor está em um período muito complicado, principalmente para o confinamento. Os custos da ração subiram, o estoque de animais caiu, mas o preço do boi não teve a correção esperada, segundo ele.
A demanda interna está contida e muitos importadores, principalmente os ligados ao petróleo, pisaram no freio nas importações.
Do lado externo, Pessina acredita que a abertura dos novos mercados e a competitividade da carne brasileira vão dar impulso às exportações. Além disso, um acerto externo nos preços do petróleo darão novo fôlego aos países produtores de óleo e importantes importadores de carnes.
O mercado de confinamento tem participação de 5% a 7% nos abates de gado no país, que é de aproximadamente 35 milhões de cabeças por ano.
A Assocon iniciou nesta terça-feira (20), em Goiânia, um encontro do setor para discutir, entre outros temas, as necessidades dos consumidores. O evento termina nesta quinta (22).
Fonte: Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
2 Comments
Oxalá 2017 seja melhor que 2016, que certamente não vai deixar saudades. Para quem dependia de grãos os preços dispararam. Para quem dependia de pasto o clima não ajudou. O mercado interno derreteu com a crise econômica e levou a arroba de boi gordo junto. E o boi gordo fraco derrubou os preços dos animais de reposição. Quem conseguiu vender a bezerrada cedo ainda escapou, quem atrasou viu quedas de 20 a 30% nos preços. Quem é fornecedor de bois magros sentiu o desinteresse dos confinamentos. O que impediu o pior foram as exportações. Mas a cadeia é forte, a economia interna dá sinais que o pior já passou e a abertura de novos mercados externos vai ajudar.
Espera-se uma melhora para 2017, lembremos que também é importante que novos processadores de carne adentrem nesta indústria. Vemos por exemplo o que ocorre na região Nordeste que possui uma demanda reprimida em quase todo período do ano, apenas no verão esta demanda melhora, o que não significa que frigoríficos maiores repassem os preços aos produtores, gerando assim distorções que fazem com que a cadeia da carne encontre apenas no pecuarista (que é o elo mais frágil da cadeia) o ator que recebe todas as disfunções deste processo (Seca, Insumos caros e Preços baixos para seu principal produto o boi)