Acompanhando as altas do boi gordo e da vaca gorda registradas na véspera, as novilhas tiveram avanço de preço nesta terça-feira (3/9). O movimento é puxado pela diminuição na oferta de animais para abate e sinais de que os pecuaristas estão retendo as fêmeas.
“O mercado está com tendência de alta, com negócios acima da referência de preços, com as ofertas reduzidas e escalas diminuindo, estando em média, para seis dias”, disse a Scot Consultoria em nota.
Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), a cotação bruta do boi gordo permaneceu estável, no comparativo diário, em R$ 240 por arroba a prazo. No caso da novilha, houve um aumento de R$ 2 por arroba, para R$ 232 por arroba a prazo, enquanto a vaca gorda ficou em R$ 217 por arroba a prazo.
“Nas praças mineiras o cenário é de firmeza, em decorrência das poucas ofertas nas regiões. Dessa maneira, o registro é de aumento nas cotações em três, das quatro praças pecuárias do Estado”, destacou a Scot.
Na região do Triângulo Mineiro, o aumento foi de R$2 por arroba para todas as categorias, com o boi gordo passando a ser cotado a R$232 por arroba, a vaca em R$215 por arroba e a novilha em R$226 por arroba.
No norte de Minas Gerais também houve avanço de R$ 2 por arroba nos preços brutos no gado, enquanto em Belo Horizonte (MG), os preços ficaram estáveis, com o boi gordo a R$230 por arroba.
Mas foi no Sul de Minas que veio a elevação diária mais expressiva da arroba bovina, de R$ 4 para o boi gordo e para a vaca, que estão agora cotados a R$228 e 210 por arroba, respectivamente.
O escritório brasileiro do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) divulgou, na última semana, as primeiras estimativas para a pecuária brasileira em 2025 e atualizações dos números de 2024.
Para 2024, o USDA manteve a projeção do rebanho bovino no início do ano em 192,57 milhões de cabeças, um recuo de 0,92% em relação a 2023.
Já para 2025, o departamento lançou a estimativa de 186,87 milhões de cabeças, uma redução de 2,96% em relação a 2024, representando o menor número inicial de rebanho do Brasil desde 2017.
“O abate acelerado de fêmeas é a principal justificativa para essa diminuição”, afirmou a consultoria Agrifatto.
Fonte: Globo Rural.