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ARG: governo reduz impostos, mas não agrada

Depois de uma queda-de-braço que refletiu em falta de produtos no mercado argentino, o governo da presidente Cristina Kirchner anunciou ontem a redução dos aumentos dos impostos adotados em março para as exportações de produtos agrícolas. Junto com as restrições para exportação de carne e trigo - eles são o pivô dos conflitos com os produtores agropecuários.

Depois de uma queda-de-braço que refletiu em falta de produtos no mercado argentino, o governo da presidente Cristina Kirchner anunciou ontem a redução dos aumentos dos impostos adotados em março para as exportações de produtos agrícolas. Junto com as restrições para exportação de carne e trigo – eles são o pivô dos conflitos com os produtores agropecuários.

O chefe do Gabinete de Ministros, Alberto Fernández, e o ministro da Economia, Carlos Fernández, anunciaram que os impostos móveis (variam de acordo com os preços internacionais dos produtos) cairão do teto de 95% para 52,7% para a soja e o girassol, sempre que o preço internacional esteja entre US$ 600 e US$ 750. No caso do trigo, o imposto será de 41,6%, enquanto o tributo sobre o milho cairá para 45%.

Mesmo assim, eles ainda continuarão mais altos que os tributos existentes antes da crise. Os ruralistas exigem que os impostos aplicados às exportações agrícolas retrocedam a 35%, nível aplicado antes de 11 de março, quando o governo anunciou os aumentos.

Fernández chamou os ruralistas de sonegadores e disse que a rentabilidade do setor era muito alta, “está entre 25% e 30%”. Segundo ele, “no Brasil, a lucratividade dos agricultores é de somente 18%”.

Segundo reportagem de Ariel Palacios, do jornal O Estado de S.Paulo, poucas horas antes do anúncio do governo, no início da noite de ontem, as lideranças ruralistas haviam iniciado a convocação de todos os setores empresariais para uma greve geral na segunda-feira (2).

As lideranças das quatro associações agropecuárias – Sociedade Rural, Federação Agrária, Confederações Rurais Argentinas (CRA) e Confederação Intercooperativa Agropecuária (Coninagro) – que desde quarta-feira fazem o terceiro locaute do setor em menos de três meses, vão avaliar a medida do governo.

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