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Argentina: 40% da Cota Hilton em mãos estrangeiras

O processo de venda de frigoríficos argentinos está fazendo com que 40% da Cota Hilton fiquem em mãos estrangeiras, recebendo assim um subsídio de US$ 70 milhões anuais, informou reportagem do site Infobae. Por isso, as câmaras frigoríficas argentinas se uniram para reclamar uma nova lei, com o objetivo que a cota Hilton fique em mãos argentinas.

O processo de venda de frigoríficos argentinos está fazendo com que 40% da Cota Hilton fiquem em mãos estrangeiras, recebendo assim um subsídio de US$ 70 milhões anuais, informou reportagem do site Infobae. Por isso, as câmaras frigoríficas argentinas se uniram para reclamar uma nova lei, com o objetivo que a cota Hilton fique em mãos argentinas.

A ofensiva conta com o apoio da Província de Buenos Aires, que concentra 43% do rebanho bovino e 55% dos abates. Quem deu início a esta polêmica foi o ex-presidente da Oficina Nacional de Controle Comercial Agropecuário (ONCCA), Marcelo Rossi, que atualmente é assessor do ministro de Assuntos Agrários, Raúl Rivara.

Em dois anos, várias plantas importantes da Argentina foram compradas pelos grupos brasileiros Friboi e Marfrig. Também houve investimentos dos Estados Unidos, com as empresas Cargill e Tyson Foods. E mais recentemente, soube-se que a Quickfood passaria a mãos brasileiras. Com isso, 40% da Cota Hilton ficaria em poder de firmas estrangeiras.

Rivara disse que não é contra os investimentos estrangeiros, mas se preocupa que as vantagens competitivas do país sejam transferidas a outros países.

“A Hilton é uma compensação ao país pela política de subsídios da União Européia (UE) e, por isso, o mais lógico é que se destine a empresas de capital nacional”, disse Rossi.

Cada tonelada da Cota Hilton é vendida por US$ 10 mil a US$ 13 mil, ou seja, cerca de US$ 6 mil a mais que os valores de mercado. Por isso, considera-se que o Estado subsidia os frigoríficos que recebem parte da cota. As empresas vendidas eram as que recebiam maior parte da cota. Assim, pode se dizer que o Brasil, que tem 5 mil toneladas de Cota Hilton, agora aumentou em 118% este volume.

Várias câmaras do setor pretendem que sejam revisadas as regras para adjudicação, já que a normativa vence em 2008.

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