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Argentina: avança acordo sobre preços da carne bovina

A produção pecuária e a indústria frigorífica da Argentina firmaram no último final de semana um pré-acordo para manter sem aumentos o preço da carne, baseado em um sistema de faixas de preços para o gado e seus valores correspondentes para a carcaça na saída dos frigoríficos.

A produção pecuária e a indústria frigorífica da Argentina firmaram no último final de semana um pré-acordo para manter sem aumentos o preço da carne, baseado em um sistema de faixas de preços para o gado e seus valores correspondentes para a carcaça na saída dos frigoríficos.

Este convênio foi levado pelo secretário de Agricultura, Javier de Urquiza ao chefe de Gabinete, Alberto Fernández, e à ministra da Economia, Felisa Miceli. Se as condições forem aceitas, será feita uma reunião com produtores e indústrias para firmar o acordo definitivo.

O acordo estabelece que o quilo vivo de novilho terá um valor de 2,9 a 3 pesos (US$ 0,94 a US$ 0,97); a novilha, entre 3 e 3,15 pesos (US$0,97 e US$ 1,02) e a bezerra, 3,25 a 3,55 pesos (US$ 1,05 a US$ 1,15). Isso equivale a um preço à saída dos frigoríficos de 5,10 pesos (US$ 1,65) para o novilho e a novilha e 5,70 (US$ 1,85) para a bezerra.

Desde que o secretário do Comércio Interior, Guillermo Moreno, impôs em novembro passado no Mercado de Liniers uma lista de preços máximos em forma extra-oficial, as transações foram alteradas, já que os compradores e vendedores faziam vendas com valores entre 15% e 20% mais altos que os estabelecidos. Os preços máximos não impediram um aumento dos preços no varejo que registraram o comportamento real de mercado. Alguns produtores consideraram este novo acordo como o fim da intervenção estatal nos mercados de gado em pé.

O acordo determina que no caso de razões alheias às partes modifiquem a estrutura de custos e faturamento da cadeia, será convocada uma comissão de acompanhamento. Porém, uma fonte disse que isso não acontecerá no caso de eventuais aumentos por demandas sustentadas de baixa duração, informou o jornal La Nación.

O acordo também inclui, entre outras coisas: um fundo para o Plano Pecuário; que o volume de exportações não seja menor de 500.000 toneladas a ano (equivalente carcaça com osso); uma agilização na adjudicação de Registros de Operações para Exportação (ROE); a liberação para os próximos três meses das exportações das últimas categorias (D e F) dos produtos em conserva (para carnes termoprocessadas); a indústria se compromete a entregar os doze cortes populares à saída da fábrica a um preço fixado no acordo (que não foi informado).

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