Em um novo capítulo da polêmica gerada por uma possível mudança no sistema de comercialização de carnes, o ministro de Assuntos Agrários da Província de Buenos Aires, Raúl Rivara, e o presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA), Luciano Miguens, defenderam a possibilidade de mudar o atual sistema de venda de carne bovina de meia carcaça pelos cortes embalados (no sistema conhecido como box-beef) ou em quartos de carcaça.
Em um novo capítulo da polêmica gerada por uma possível mudança no sistema de comercialização de carnes, o ministro de Assuntos Agrários da Província de Buenos Aires, Raúl Rivara, e o presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA), Luciano Miguens, defenderam a possibilidade de mudar o atual sistema de venda de carne bovina de meia carcaça pelos cortes embalados (no sistema conhecido como box-beef) ou em quartos de carcaça.
Segundo Rivara, a idéia é avançar definitivamente para a comercialização por cortes, mas um passo intermediário poderia ser aplicado com a comercialização de quarto dianteiro, quarto traseiro e parrillero, para atender a demanda de acordo com o que cada comerciante pede.
Sobre a idéia de Rivara, Miguens disse que seria uma boa iniciativa. “É um dos temas que estamos tratando na Mesa de Gados e Carnes, onde estamos trabalhando para que cada elo da cadeia tenha sua justa rentabilidade e não deixemos a atividade pecuária”.
A mudança de sistema está incluída nos delineamentos do Plano Pecuário Oficial e no acordo assinado entre as entidades rurais e o Governo em maio passado. No entanto, não tinha sido discutida sua aplicação, até que surgiram os projetos no Congresso que impulsionariam a venda por cortes de forma obrigatória.
Estes projetos motivaram um debate entre as indústrias que abastecem o consumo interno – Câmara Argentina da Indústria Frigorífica (Cadif) e Câmara da Indústria e Comércio de Carnes da República Argentina (Ciccra) e os exportadores, representados pelo consórcio ABC.
Do lado dos consumidores, dizem que a mudança para a venda por quarto de carcaça ou em cortes embalados encareceria em 17% o produto e faria, em longo prazo, desaparecer os açougues, que comercializam 70% da carne consumida no país. A reportagem é do La Nación.