A Argentina poderia começar a importar carne para abastecer o consumo interno dentro dos próximos cinco anos, já que o estoque local não seria suficiente se a situação atual do setor se mantiver, segundo revelou um relatório da subcomissão de pecuária da Mesa de Enlace.
A Argentina poderia começar a importar carne para abastecer o consumo interno dentro dos próximos cinco anos, já que o estoque local não seria suficiente se a situação atual do setor se mantiver, segundo revelou um relatório da subcomissão de pecuária da Mesa de Enlace.
O estudo foi apresentado no sábado, dia 23 de agosto, em Olavarría, onde se reuniram produtores pecuários para protestar pelas políticas oficiais que limitam as exportações. A venda de carnes ao exterior foi fechada em 2006; hoje, está aberta, mas com cotas e limitações.
Uma das limitações mais rechaçadas é a determinação de que os frigoríficos precisam ter 75% de sua capacidade disponível ao mercado interno para poder exportar. Esse sistema dificulta para os produtores com apresentações e auditorias burocráticas. Além disso, não podendo exportar os cortes, há prejuízo.
Os preços do gado, apesar disso, aumentaram no mês passado. A vaca prenhe aumentou em 20%, até máximos de 1300 pesos (US$ 430,29) por animal, enquanto que o quilo do bezerro subiu 5% e hoje está em torno de 3,40 pesos (US$ 1,12). No entanto, pelas dificuldades em exportar, não aumentam os preços dosnovilhos, que se mantêm a US$ 1 o quilo, quase metade que no Brasil e no Uruguai.
“Enquanto os valores do gado em pé não se atualizarem, os custos aumentam”, disse o secretário de Ação Política da Sociedade Rural Argentina (SRA), Marcelo Fielder. Por isso, os pecuaristas pedirão no sábado a derrogação desta norma, estabelecida em maio de 2008 pela Oficina Nacional de Controle Comercial Agropecuário (ONCCA). Eles reclamarão um plano pecuário que equilibre o mercado interno e externo, além do pagamento de subsídios a pequenos pecuaristas pelo plano “Más Terneros” da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação (SAGPyA).
As matéria foi publicada no diário El Cronista Comercial, traduzida e resumida pela Equipe BeefPoint.