Os principais frigoríficos da Argentina pagam atualmente um valor entre 6,00 e 6,50 pesos (US$ 1,71 e US$ 1,86) por quilo do novilho pesado (+420 quilos) devido à forte baixa da oferta que piorou com a seca que afeta as principais regiões produtoras do país.
Os principais frigoríficos da Argentina pagam atualmente um valor entre 6,00 e 6,50 pesos (US$ 1,71 e US$ 1,86) por quilo do novilho pesado (+420 quilos) devido à forte baixa da oferta que piorou com a seca que afeta as principais regiões produtoras do país.
“Embora a categoria estivesse sendo afetada pelo Governo, que priorizou os confinamentos e o consumo interno e castigou as exportações, hoje a principal conseqüência da queda da oferta é a seca que afetou as regiões tradicionalmente produtoras”, disse o consultor pecuário, Victor Tonelli. “Esta tendência se manterá firme, porque os frigoríficos estão com dificuldades para conseguir animais”.
As restrições forrageiras, produto da seca, presentes na maioria das regiões pecuárias, levarão a uma previsível queda de parições em 2009. Não somente haverá um menor interesse em produzir gado gordo: também haverá menos bezerros.
Junto com este aumento, os valores da Cota Hilton também registraram aumentos nas últimas semanas. Dos US$ 9.000 por tonelada que se pagava em plena crise (outubro de 2008), hoje se paga cerca de US$ 12.500 por tonelada.
“O reaparecimento do mercado internacional e seus principais compradores que já absorveram os efeitos da primeira recessão faz com que os valores tendam a um aumento e comecem a se normalizar com o correr do tempo. De todos os modos, não se espera que cheguem a valores superiores a US$ 16.000”.
“Estamos vendo novamente um maior interesse de nossos compradores. Nós seguimos mantendo os mesmos inconvenientes e demoras, mas supomos que, diante desta situação, o Governo agilizará os trâmites para se fazer as vendas necessárias”, disse o porta-voz do Departamento de Vendas do frigorífico Rioplatense. “A maioria dos frigoríficos não completou a cota Hilton e agora se soma o inconveniente de não conseguir com tanta facilidade novilhos pesados que foram afetados muito seriamente pela seca”.
O consórcio de exportadores ABC disse que a situação tende a se normalizar e que os valores voltarão a ficar próximos aos de antes da crise global. “Embora haja certo grau de lentidão na demanda, há um cenário favorável de aumentos de preços que, certamente à medida que se passe o tempo e se re-acomode a situação, voltará a ser similar à da primeira metade do ano anterior”, disse o presidente do consórcio ABC, Mario Ravetino.
A reportagem é do Infocampo, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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É no mínimo intrigante. A Argentina não consegue o volume esperado para cumprir a cota Hilton, enquanto o Brasil esta cheio de mercadoria querendo exportar.
Esse é um problema típico de relação internacional. Devemos pressionar para que o governo brasileiro tenha uma posição mais apropriada.