Por enquanto, a avaliação dos analistas é de que a Marfrig se saiu melhor na troca de ativos com a BRF.
A Brasil Foods e a Marfrig firmaram acordo, nesta quinta-feira (08), que visa a troca de ativos entre elas. Se de um lado a Marfrig vai ganhar as marcas que precisam ser alienadas para que a fusão entre Perdigão e Sadia seja aprovada, de fato, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do outro, a BRF vai ficar com a principal marca de hambúrguer da Argentina.
As companhias afirmam que a permuta é equivalente, mas, na avaliação do mercado, a Marfrig tem mais a ganhar com a operação, principalmente, porque vai fortalecer a sua atuação no mercado interno.
Segundo relatório da corretora Raymond James as vendas da Marfrig na Argentina devem chegar a 1 bilhão de reais por ano, com margem de 8%.
“Do nosso ponto de vista, a transação é mais favorável para a Marfrig. A BRF pode perder cerca de 2 bilhões de reais em vendas no próximo ano e dificilmente vai recuperar totalmente as vendas das marcas suspensas. Já a Marfrig vai fortalecer sua atuação no mercado doméstico, com presença maior em produtos processados e somar 2 bilhões de reais ao seu faturamento”, disse o relatório.
A Marfrig ficará com as marcas, todos os bens das unidades produtivas, inclusive imóveis, instalações e equipamentos, todos os bens de oito centros de distribuição, a capacidade produtiva e a totalidade da participação acionária detida pela Sadia no capital da Excelsior Alimentos, que equivale 64,57% de participação.
A operação depende agora da aprovação do Cade para que seja concluída.
Fonte: Exame.com, adaptada pela Equipe BeefPoint.
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A meu ver,não resta nenhuma dúvida quanto a isto.
Com estas aquisições Mafrig consolida-se no perfil de Indústria de Alimentos,agrega valores de Marcas e Monetários.Além de maior mobilidade via centros de distribuição,e maior distribuição de seus produtos com maior capilaridade.
Consolida-se com um grande Player num setor que estava precisando de um novo e grande corpo nestes setores no país.
Relativo à BM&F também ganha muito,pois mostra-se como Indústria de produtos transformados,de maiores valores agregados.E não mais como uma mera desmontadora de carcaças.
BRF também ganha,por que já há tempos necessitava tomar corpo no setor de abates bovinos.Seja porque este é um setor cada vez mais importante no mercado interno,ou porque sabe que a demanda atual mundial esta grandemente refreada por conta de crises diversas,e num momento muito próximo esta demanda explodira com uma maior estabilidade que esperamos que ocorra em breve,sejam elas financeiras,sociais e políticas.
Vamos em frente,entendo que este seja o caminho.
Saudações,
EVÁNDRO D. SÀMTOS.
Oi Miguel,
Por que nao criar no Beefpoint um painel de cotacoes de acoes de empresas relacionadas ao setor (insumos, processadores, varejistas, etc), com cotacoes instantaneas e analises financeiras das mesmas? Comparacoes das mesmas com o preco atual e futuro da carne?
Um Abraco,
Saviani
Sempre critiquei na Marfrig o uso da marca Seara, para mim muito marcada como "barata" ou de "combate". Mas eles não tinham outra melhor…
Pensava que eles tinham que comprar, por exemplo, a Ceratti e usar este nome, de alta confiabilidade.
Mas agora veio no pacote a marca Wilson, de excelente recall como fornecedora de presuntos top.
Talvez seja tarde, afinal a Seara está patrocinando a seleção brasileira. Ou não? Com a palavra, os marketeiros.
O CADE pediu e as empresas estão fazendo uma negociação de comprade, voce fica aqui eu vou lá, assim cumprimos a Lei. Pergunto eu como fica o produtor? o cade só preocupou com o mercado, mas quem produz não foi perguntado e nem mesmo o Orgão consumidor se preocupou com esses abnegado que produzem e não tem garantia mínima de vai receber pela venda? Este é o Brasil!