Assembléia gaúcha autoriza governo a prorrogar contratos emergenciais

A Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul autorizou o Executivo Estadual a prorrogar até 31 de março de 2003 a validade de contratos emergenciais de 100 veterinários e de mil auxiliares de serviços rurais, retroativo a novembro de 2001. Estes profissionais são responsáveis pela vacinação de animais contra a febre aftosa e pela manutenção das barreiras sanitárias da vigilância nas fronteiras com o Uruguai e com a Argentina.

As contratações decorreram do sucateamento do quadro de servidores e dos casos ocorridos de febre aftosa no rebanho gaúcho, explicou o líder do governo, deputado Ivar Pavan (PT). Ele lembrou que em 1995 o Departamento de Produção Animal da Secretaria da Agricultura e Abastecimento perdeu 644 dos 1.972 servidores e que no ano seguinte outros 808 cargos foram extintos pela Assembléia Legislativa, ao aprovar projeto do governo da época.

Devido aos problemas derivados da crise econômica da Argentina, que estão gerando aumento do ingresso no Brasil de contrabando de produtos proibidos e o sucateamento do serviço de vigilância sanitária, foi recomendada a prorrogação destes contratos por mais tempo, explica.

O resultado da vacinação no Estado foi considerado satisfatório pelo deputado. Foram vacinados 13,6 milhões de animais, números superiores aos da campanha passada, quando foram imunizados aproximadamente 13,3 milhões de exemplares na primeira etapa e 13,2 milhões na segunda. “O índice de cobertura vacinal chegou a 97,5% do rebanho”. Para Pavan, esta é a fase final de processo que está sendo concluído com êxito. “A ação rápida e eficaz do governo gaúcho evitou que a doença se espalhasse pelo Estado, como foi verificado nos países vizinhos”.

A Secretaria da Agricultura e Abastecimento dispõe de equipes de fiscalização e seis barcos de vigilância no rio Uruguai para efetuar o serviço, de extrema importância para a pecuária gaúcha. O objetivo é preservar a sanidade do rebanho. “A vacinação está sendo ampliada e as barreiras sanitárias mantidas para garantir maior segurança ao rebanho”.

Fonte: Diário Popular/ RS, adaptado por Equipe BeefPoint