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Assocon: confinamento deve crescer menos em 2009

Assocon indica que seus associados têm intenção de ampliar o número de animais sob engorda intensiva, mas o próprio presidente da entidade, Ricardo Merola, avalia que não deve haver crescimento em 2009.

Assocon indica que seus associados têm intenção de ampliar o número de animais sob engorda intensiva, mas o próprio presidente da entidade, Ricardo Merola, avalia que não deve haver crescimento em 2009.

“Há incerteza lá fora. Estão dizendo que a Rússia pode deixar de comprar 150 mil toneladas de carne do Brasil”, comentou Merola. Os frigoríficos exportadores vêm encontrando problemas após o agravamento da crise financeira, em outubro, as vendas de carne bovina do Brasil para a Rússia, seu maior cliente, praticamente pararam, por falta de crédito no país importador. E a situação ainda não se normalizou.

Segundo Merola, em 2008, os pecuaristas também tinham a intenção de elevar o número de animais confinados, mas a metas não foram cumpridas no decorrer do ano por causa da escassez de animais no mercado, que levaram à alta do boi magro, e do aumento no custo dos insumos para alimentação.

De acordo com Fábio Dias, diretor-executivo da Assocon, a falta de boi magro no mercado fez os pecuaristas reduzirem o ritmo dos confinamentos e fez com que alguns projetos fossem adiados.

“Será a primeira vez em 10 anos que o confinamento não cresce a essa taxa de 20%”, comentou Ricardo Merola, referindo-se ao ano de 2008.

A Assocon segue cautelosa. “O ano de 2009 vai depender do preço [do boi] e do custo com alimentação”, disse Dias. Para ele, o cenário está indeterminado porque apesar do menor custo de insumos como milho, o mercado futuro indica preços depreciados para o boi gordo em outubro do ano que vem”.

Alexandre Martins, que confinou 9.800 animais em Rio Brilhante (MS) este ano, concorda que tudo dependerá do mercado, da oferta de boi magro e de crédito em 2009. Sua meta é ambiciosa: ampliar em 50% o confinamento em sua propriedade.

A matéria é de Alda do Amaral Rocha, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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