Assocon prevê crescimento dos confinamentos para 2007

Em palestra proferida no seminário Perspectivas do Agronegócio 2007 - 2008, promovido pela BM&F, em 24 de abril último, Fabio Dias, diretor executivo da Assocon - Associação Nacional dos Confinadores, apresentou dados referentes a uma pesquisa realizada com os sócios. Essa pesquisa além de mostrar dados sobre o desempenho dos confinamentos em 2006, ainda mensurou a intenção de confinar animais dos associados, quais serão as estratégias e como estão os preparativos para o ano de 2007.

Em palestra proferida no seminário Perspectivas do Agronegócio 2007 – 2008, promovido pela BM&F, em 24 de abril último, Fabio Dias, diretor executivo da Assocon – Associação Nacional dos Confinadores, apresentou dados referentes a uma pesquisa realizada entre os sócios da entidade. Essa pesquisa além de mostrar dados sobre o desempenho dos confinamentos em 2006, ainda mensurou a intenção dos associados de confinar animais, quais serão as estratégias e como estão os preparativos para o ano de 2007.

De acordo com os dados da pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos, citados pelo diretor da associação, os 50 maiores confinamentos do país quase triplicaram sua produção em apenas 5 anos. Segundo Dias, dos 44,77 milhões de cabeças abatidas no Brasil em 2006, 5% foram animais terminados em confinamento, ou seja, 2,3 milhões de cabeças.

Gráfico 1. Quantidade de animais confinados pelos 50 maiores confinamentos do país


Gráfico 2. Abate bovino anual do Brasil, milhões de cabeças


A respeito da distribuição de animais confinados, os dados da pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos, em 2006, mostram que 46,05% está localizado no estado de Goiás, seguido por São Paulo com 19,43% e Mato Grosso do Sul com 19,26%, Mato Grosso e Minas Gerais contribuem com 8,82% e 6,44%, respectivamente.

Gráfico 3. Distribuição geográfica dos animais confinados em 2006


Fábio Dias mostrou dados de abates totais de machos (com inspeção, federal, estadual e municipal) divididos por estados. Ele destacou um pico nos abates, principalmente nos estados com maior concentração de confinamentos (São Paulo e Goiás) nos meses de agosto a dezembro, época em que os estabelecimentos confinadores estão fornecendo seus produtos para o abate. De acordo com os dados do IBGE, o abate total de machos com SIF em 2006 foi de 15.424.569 animais, se considerarmos apenas os estados ditos confinadores (GO, SP, MS, MT, MG), temos um volume de 10.158.703 animais abatidos.

Gráfico 4. Participação de machos no abate total por UF em 2006, somente abates inspecionados – federal, estadual e municipal


Segundo Dias, do total de animais confinados em 2006, 2,3 milhões de cabeças, apenas 5% (115 mil) eram fêmeas. Por isso se explica a enorme expectativa que se cria a respeito da localização e das quantidades a serem confinadas.

Dias apresentou um gráfico com a participação do gado confinado sobre o abate total de machos sob SIF, e chamou atenção para dois fatos que ocorreram em 2006. Primeiro a grande concentração de abate de machos sob SIF no período de entressafra e depois que o excedente de machos confinados em Goiás acabou sendo deslocado para São Paulo e Minas Gerais, indicando dependência de gado confinado entre setembro e novembro, nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Gráfico 5. Participação do gado confinado sobre o abate total de machos sob SIF


A pesquisa de intenção de confinamento da Assocon, apresentada durante a palestra, foi realizada com 41 dos 50 sócios da associação, que respondem por aproximadamente 20% do gado confinado no Brasil.

Dias informou, que de acordo com a pesquisa, no ano de 2006 a capacidade instalada dos sócios era de 265.285 cabeças e o abate total foi de 399.938 animais, com uma taxa de uso de 151%. Em abril de 2007 a Assocon estimou a capacidade instalada em 291.245 cabeças. Ou seja, 10% a mais do que no ano passado. O abate total chegará a 500.220 animais abatidos, 25% acima dos abates de 2006, proporcionando uma capacidade de uso em 2007 de 172%.

Fabio Dias, ressaltou que para o ano 2007, o abate total planejado pelos sócios da Assocon será de 500.220 cabeças, sendo que até o momento já foram abatidas 17.930 cabeças, 82.580 animais já estão confinados. Já foram comprados 364.345 animais, ou seja, 73% da meta para 2007 já está garantida. Outro dado levantado pela pesquisa de intenção de confinamentos da Assocon é que 84% do volumoso necessário para 2007 já está preparado, mas apenas 16% do concentrado já está garantido.

Para o diretor da Assocon, até o momento as expectativas indicam para a manutenção do níveis de abate de 2006 e um dos fatores que podem influenciar no cumprimento das metas para 2007 é uma possível correção nos preços de gado magro, que vem somando altas nos últimos meses, sofrendo aumento de 30% quando comparados os preços relativos ao mês de abril de 2006 e 2007.

Outro fator importante a ser considerado, segundo Dias, é o aumento de preço de insumos, especialmente alimentação. Como exemplo ele citou a alta de 41% no preço da polpa cítrica peletizada, que em 2006 custava R$ 135,00/ton e hoje custa R$ 190,00/ton.

André Camargo, Equipe BeefPoint, com dados apresentados na palestra de Fábio Dias, no evento “Perspectivas do Agronegócio 2007/2008”, organizado pela BM&F.

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