Nesta quarta-feira (19), a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural realiza audiência pública para discutir as restrições da União Européia (UE) à carne bovina brasileira. A audiência foi sugerida pelos deputados Ronaldo Caiado (DEM-GO), Beto Faro (PT-PA) e Waldir Neves (PSDB-MS).
Nesta quarta-feira (19), a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural realiza audiência pública para discutir as restrições da União Européia (UE) à carne bovina brasileira. A audiência foi sugerida pelos deputados Ronaldo Caiado (DEM-GO), Beto Faro (PT-PA) e Waldir Neves (PSDB-MS).
Segundo Caiado, a habilitação de propriedades para fornecimento de gado aos frigoríficos do bloco é uma exigência européia somente para o Brasil, o que configura tratamento discriminatório. Essa medida, segundo ele, viola o Acordo de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias da Organização Mundial do Comércio (OMC), que tem como base o princípio da não-discriminação. “Os níveis de proteção sanitária do rebanho brasileiro são equivalentes aos dos demais países membros da OMC. Não existe risco à saúde e à vida humana e animal nem existe evidência científica que justifique estabelecer níveis mais elevados de proteção”, destacou.
O deputado Waldir Neves espera informações sobre os procedimentos utilizados para monitorar a qualidade da carne bovina exportada.
Caiado ressalta que o Sistema Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) não levou em consideração as peculiaridades da cadeia produtiva de carne bovina no País. “Os critérios de qualificação das certificadoras foram falhos, a fiscalização dessas entidades não existe ou é limitada e o custo do sistema é muito elevado.” Segundo o deputado, os produtores ainda não compreenderam a importância da rastreabilidade devido à falta de informação sobre o Sisbov.
As informações são da Agência Câmara.
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Falta informação pelo motivo dos proprios produtores não a buscarem. Para Adesão ao sistema o mesmo reconhece firma que tem conhecimento de toda a instrução normativa, o que mais falta de informação? Ou eles assinam e reconhecem firma sem ler?
Falta mesmo os produtores compreenderem a importância da rastreabilidade não só para os ganhos no diferencial da @ paga pelos frigoríficos e sim também pela gestão que a implantação e manutenção (que muito se deve aos produtores) proporciona a propriedade. Estes ganhos são totalmente tangíveis e auxiliam e muito o produtor nas tomadas de decisões e na gestão da propriedade.
Pecuarista bem informado jamais será enganado.
Ouça o teor completo da sessão em
http://imagem.camara.gov.br/internet/audio/Resultado.asp?txtCodigo=00011867
Vou ouvir também e depois farei meus comentários.
Todo pecuarista precisa ouvir as discussões desta sessão na íntegra, principalmente as contribuições de Caiado, Micheletto, Stephanes, Pereira e Piau.
Um dado que eu desconhecia, e que mostra as fraudes que o Sisbov propiciou (ou encorajou), diz respeito ao numero de animais que foram baixados da base de dados e o numero de peças de carne exportadas para a UE. Nas contas de Caiado, temos no Brasil o boi transgênico, que rendeu para os europeus 14 contrafilés, 10 alcatras e 6 filés mignons.
Por tudo isso devemos enaltecer a disposição da Câmara Federal, e principalmente de Caiado, que encerrou a sessão com este Sumário:
“Esta Casa já assumiu uma posição. Vai trabalhar e vai elaborar um projeto de lei definindo de que maneira nos vamos ter o controle sanitário do país. É um sentimento da Casa, que não quer ver suas prerrogativas sendo desrespeitadas e que quer definir o que é controle sanitário no país. A tendência é hoje de maior transferência de poder para os estados, e de reformulação da metodologia existente no país, que foi importada da Europa. Em segundo lugar, devemos caminhar no sentido da identificação das propriedades, e não da identificação individual dos animais”.
Já era tempo, após muitos milhões (talvez quase 1 bilhão) de reais arrancados do nosso bolso por este lamentável, insano e inútil Sisbov”.