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Austrália pode recuperar vendas no mercado internacional

O fazendeiro australiano Scott de Bruin pretende ampliar sua criação de gado em 20% este ano, apostando que o veto à carne bovina norte-americana significa aumento de vendas para o Japão e a Coréia do Sul. Os dois países asiáticos estão entre os mais de 30 países que barraram a carne bovina norte-americana. Japão e Coréia do Sul compram perto de dois terços das exportações do produto norte-americano, que totalizaram US$ 3,8 bilhões em 2003.

Para a Austrália, historicamente a maior exportadora de carne bovina do mundo, o infortúnio norte-americano poderá contribuir para reverter dois anos de declínio nas vendas em virtude da desvalorização do dólar, que tornou as exportações australianas mais caras. “Deve haver mais demanda pelo nosso tipo de produto no Japão e na Coréia do Sul”, disse De Bruin, que, somente no ano passado, conseguiu cobrir os custos de sua fazenda de 1.800 hectares na Austrália do Sul. “O risco é que há uma animosidade generalizada contra a carne bovina” devido à preocupação do consumidor relativa à “vaca louca”, disse.

A Yoshinoya D&C, a terceira maior rede de restaurantes do Japão, e a Aeon, a segunda maior rede de varejo do país, informaram que comprarão mais carne bovina australiana para suprir a escassez do produto.

O Japão, que depende dos EUA para abastecer cerca de 30% de seu estoque de carne bovina, enviará amanhã altos funcionários do governo para visitar os frigoríficos australianos, garantir suprimentos e discutir a possibilidade de ampliar as importações, disse Yuichiro Watanabe, do Ministério da Agricultura. A demanda japonesa e coreana pode reativar as exportações australianas.

Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint

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